Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 16, 24-28)
Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.
De fato, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? Que poderá alguém dar em troca de sua vida? Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com seu Reino”.
Depois de anunciar a sua Paixão pela primeira vez, após a profissão da fé de São Pedro, Jesus anuncia a necessidade de renunciarmos a nós mesmos, tomarmos a nossa Cruz e o seguirmos.
Essa realidade de renunciar a si mesmo é a coluna vertebral da moral cristã. Não se trata apenas de seguirmos os Mandamentos, mas também de nos configurarmos a Cristo, fazendo com que haja um processo de morte e ressurreição em nosso interior. Isso é o cristianismo na sua própria essência.
Podemos dizer que o Batismo é uma morte por afogamento. Quando somos batizados, matamos o homem velho que está dentro de nós, e, saindo das águas batismais, surge um homem novo; é a passagem. Por isso que o Batismo é celebrado na Vigília Pascal. É a noite em que todos nós encontramos a nossa identidade mais profunda: nossa configuração à Páscoa de Cristo, sua Morte e Ressurreição.
No entanto, a exigência batismal parece algo esmagador e excessivo para quem não tem fé, pois para este é verdadeiramente desanimador renunciar a si mesmo e tomar a Cruz dia após dia. Ora, por que se aproximar de uma religião que pede a nossa própria morte? Porque, embora haja uma morte verdadeira, as pessoas incrédulas não enxergam que, por trás desse preceito, existe uma grande consolação.
Sim, é maravilhoso livrar-se do peso da vida no pecado e ressuscitar para uma vida nova, que nos torna capazes de amar. A moral cristã não é a moral dos preceitos, mas sim da graça, onde Deus, dentro de nós, opera uma transformação tão grande que, caminhando para a santidade, podemos dizer como São Paulo: “Eu vivo, mas não eu; é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20).
Se olharmos para a vida dos santos, iremos ver de várias formas diferentes como Deus foi realizando o processo de morte e ressurreição neles. Na comparação do cristianismo com uma lâmpada (semelhante à de Aladim), feita por Tertuliano, antigo escritor cristão, vemos que a pessoa que olha por fora vê apenas o fogo que queima e fica assustado, mas somente quem está dentro enxerga a bela unção.
O cristianismo, além de ser marcado pela moral do “vai, renuncia a ti mesmo e toma a tua cruz”, também está submetido à ação do Espírito Santo, cuja graça santificante age em nós. Por isso, peçamos a Nosso Senhor a graça de conseguirmos nos configurar a Cristo, deixarmos nossa vida egoísta de lado e sermos introduzidos na vida maravilhosa do amor.
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Vivemos neste mundo para servirmos a Deus! Mas existem muitos "cristãos" que acreditam que Deus existe para nos servir! Trazer-lhe prosperidade, fama, saúde, prazer! Uma espécie de deus pagão...
Sexta-feira da 18ª semana do Tempo Comum
Evangelho ( Mt 16,24-28): Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? Ou que poderá alguém dar em troca da própria vida? Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. Em verdade, vos digo: alguns dos que estão aqui não provarão a morte sem antes terem visto o Filho do Homem vindo com o seu Reino».
«Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me»
Rev. D. Pedro IGLESIAS Martínez
(Rubí, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho nos coloca claramente diante do mundo. É radical na sua abordagem, não admitindo ambigüidades: «Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me» (Mt 16,24). Em numerosas ocasiões, perante o sofrimento causado por nós mesmos ou pelos outros ouvimos: «Devemos suportar a cruz que Deus nos manda...Deus quis que fosse assim...», e vamos acumulando sacrifícios como cupons em uma cartela, que apresentaremos à auditoria celestial no dia que tivermos que prestar contas.
O sofrimento não tem valor algum em si mesmo. Cristo não era um estóico: sentia sede, fome, cansaço, não gostava de ser deixado só, se deixava ajudar... Onde podia aliviava a dor, física e moral. Que acontece então?
Antes de carregarmos a nossa “cruz”, primeiramente devemos seguir a Cristo. Não se sofre e depois se segue a Cristo... Cristo se segue por Amor, e é a partir daí que se compreende o sacrifício, a negação pessoal: «Quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará» (Mt 16,25). É o
amor e a misericórdia o que nos leva ao sacrifício. Todo amor verdadeiro gera sacrifício de uma forma ou de outra, mas nem todo sacrifício gera amor. Deus não é sacrifício; Deus é Amor, e só esta perspectiva dá sentido à dor, ao cansaço e às cruzes de nossa existência segundo o modelo de homem que o Pai nos revelou em Cristo. Santo Agostinho afirmou: «Quando se ama não se sofre, e se sofre, ama-se o sofrimento».
No correr da nossa vida, não busquemos uma origem divina para os sacrifícios e as penúrias: «Por que Deus me mandou isto?», mas busquemos um “uso divino” para o que nos acontece: «Como posso fazer disso, um ato de fé e de amor?». É assim que seguimos a Cristo e, como —com certeza— seremos merecedores do olhar misericordioso do Pai. O mesmo olhar com que contemplou o seu Filho na Cruz.
Sexta-feira da 18ª semana do Tempo Comum
Evangelho ( Mt 16,24-28): Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? Ou que poderá alguém dar em troca da própria vida? Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. Em verdade, vos digo: alguns dos que estão aqui não provarão a morte sem antes terem visto o Filho do Homem vindo com o seu Reino».
«Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me»
Rev. D. Pedro IGLESIAS Martínez
(Rubí, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho nos coloca claramente diante do mundo. É radical na sua abordagem, não admitindo ambigüidades: «Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me» (Mt 16,24). Em numerosas ocasiões, perante o sofrimento causado por nós mesmos ou pelos outros ouvimos: «Devemos suportar a cruz que Deus nos manda...Deus quis que fosse assim...», e vamos acumulando sacrifícios como cupons em uma cartela, que apresentaremos à auditoria celestial no dia que tivermos que prestar contas.
O sofrimento não tem valor algum em si mesmo. Cristo não era um estóico: sentia sede, fome, cansaço, não gostava de ser deixado só, se deixava ajudar... Onde podia aliviava a dor, física e moral. Que acontece então?
Antes de carregarmos a nossa “cruz”, primeiramente devemos seguir a Cristo. Não se sofre e depois se segue a Cristo... Cristo se segue por Amor, e é a partir daí que se compreende o sacrifício, a negação pessoal: «Quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará» (Mt 16,25). É o
amor e a misericórdia o que nos leva ao sacrifício. Todo amor verdadeiro gera sacrifício de uma forma ou de outra, mas nem todo sacrifício gera amor. Deus não é sacrifício; Deus é Amor, e só esta perspectiva dá sentido à dor, ao cansaço e às cruzes de nossa existência segundo o modelo de homem que o Pai nos revelou em Cristo. Santo Agostinho afirmou: «Quando se ama não se sofre, e se sofre, ama-se o sofrimento».
No correr da nossa vida, não busquemos uma origem divina para os sacrifícios e as penúrias: «Por que Deus me mandou isto?», mas busquemos um “uso divino” para o que nos acontece: «Como posso fazer disso, um ato de fé e de amor?». É assim que seguimos a Cristo e, como —com certeza— seremos merecedores do olhar misericordioso do Pai. O mesmo olhar com que contemplou o seu Filho na Cruz.
Amem!🙏🙌❤️
Só em Ti Senhor.🙏
Cruz e Ressurreição: nossa Fé, nossa Esperança!
🙏