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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 4, 35-41)

Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!” Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”

No Evangelho de hoje,  Jesus está dormindo em uma pequena barca, que, açoitada pelas ondas, parece estar afundando. Diante dessa situação, seus Apóstolos perguntam: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?”. Assim como os discípulos, também nós hoje fazemos a mesma pergunta ao vermos a difícil  situação  em que a Igreja se encontra.

Muitas vezes, ao longo da história, Cristo pareceu estar adormecido. Por exemplo, onde estava Jesus durante o século X, o Século de Ferro, quando as famílias romanas disputavam poder dentro da Igreja, influenciando na sucessão dos papas, que acabavam sendo um pior que o outro? Por que parecia que Nosso Senhor não cuidava de sua Igreja?

Entretanto, é exatamente nestes momentos de maior fracasso e obscuridade, de maior derrota e naufrágio, que Deus quer manifestar uma graça. Assim como Jesus acalmou a tempestade no Evangelho de hoje, Ele também quer abrandar a nossa tempestade da falta de fé diante das provações. 

No nosso dia a dia, passamos por dificuldades, crises e misérias. Contudo, devemos lembrar que Nosso Senhor está sempre cuidando de nós. Ele não dorme nem cochila; Ele é o guarda de Israel. Às vezes, podemos nos sentir abandonados, mas mesmo se Deus demorar para atender nossas preces e nossos rogos, saibamos: dos males que sofremos, Ele quer tirar um bem maior.

Portanto, peçamos a Cristo a graça de confiarmos nele de forma heróica e inabalável, para assim enfrentarmos os desafios com coragem e deixarmos Ele transformar nossas vidas a partir de nossos sofrimentos.

Além disso, como hoje é sábado, queremos recordar a Virgem Maria, Mãe da Igreja, e manifestar-lhe a nossa preocupação: “Mãe, parece que vamos afundar, protegei-nos, Senhora”. Então, como boa exegeta do amor de Deus, ela irá nos explicar tudo o que está acontecendo e nos fará compreender os desígnios de Deus. Não sejamos homens de pouca fé. Ela, a Virgem Maria, a mulher da fé, irá nos ensinar a colocar toda a nossa confiança no Senhor.

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