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As virtudes dos avós de Jesus

Embora pouco saibamos sobre suas vidas, os santos avós de Jesus Cristo são venerados e honrados pelos fiéis há muitos séculos, pois neles contemplamos um exemplo especialíssimo de fé e de esperança, de entrega e de abandono aos desígnios de Deus.

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 13, 16-17)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram”.

Texto do episódio:

  Celebramos hoje, com muita alegria, a Memória de São Joaquim e Sant'Ana, os pais da Virgem Santíssima. Sabemos da existência desse santo casal por meio da Tradição da Igreja. Existem inúmeras notícias dos Santos Padres que nos dão detalhes a respeito não somente da existência e do nome dos avós de Nosso Senhor, mas também de suas virtudes. Por isso, tradicionalmente, comemora-se também hoje o dia dos avós. 

   A tradição nos fala que este casal era ornado das mais preciosas virtudes, principalmente uma grande esperança. Eles eram estéreis e, uma vez que notaram que não poderiam ter filhos, eles admiravelmente guardaram a castidade dali para a frente e não tiveram mais relações sexuais. 

  Então, nesta perseverança e neste amor tremendo para com Deus, Ele os agraciou. Um dia, São Joaquim foi repreendido por um sacerdote chamado Rubem, por ele não ter filhos. Transtornado com aquela situação, ele se envergonhou e foi humildemente, já de idade, com a sua esposa para o deserto, e ali jejuou. De repente, um anjo lhe apareceu e disse-lhe que ele teria um filho, e o casal, por obediência divina, voltou a ter relações sexuais. Logo depois, nasceu a Virgem Maria. 

  Se no Antigo Testamento Deus gastou tanto tempo descrevendo, nos mínimos detalhes, como deveria ser construído o Templo que iria conter a Arca da Aliança, quanto mais Deus não gastou atenção, tempo e esmero para, com as virtudes, preparar Sant’Ana para ser o templo que iria conter a verdadeira Arca da Aliança: Maria, aquela que nos traria o Salvador! 

  Realmente, grandes foram as virtudes de Sant’Ana, e é clara a grande caridade e amor divino que fizeram com que ela e São Joaquim — muito apegados à sua filha, que viria a ser a Mãe de Deus — entregassem-na ao templo para ser educada, fazendo o voto de consagrá-la a Deus.  

  Com todas as virtudes e as grandezas da Virgem Maria, Sant’Ana nos entregou Nossa Senhora, do mesmo modo que Jesus nos entregou a sua Mãe aos pés da Cruz. Não é interessante vermos um paralelo entre o coração de Sant’Ana e o coração de Jesus? Dois corações tão amorosos que se desapegaram do bem precioso que era a Virgem Santíssima para dá-lo de presente: Sant’Ana, entregando-a a Deus no Templo e indiretamente a nós; e Jesus, dando-a diretamente a nós aos pés da Cruz e a Deus por consequência. 

  Todas essas realidades levam a Igreja a ter uma grande devoção por estes extraordinários e heróicos santos que nos deram a Virgem Maria, que certamente possuía um imenso amor pelos seus benditos pais. Se ela, pelo fato de nos amar, já faz de nós eleitos agraciados e nos conduz ao caminho da santidade, imagina o quanto ela foi instrumento de santificação para eles também!  

  Renovemos, portanto, a nossa devoção a São Joaquim e Sant’Ana, que foram admirados, honrados e queridos na história da Igreja; mas, infelizmente, nos últimos tempos, caíram um pouco no esquecimento por causa das dúvidas historicistas de pessoas que só se preocupam em ter certezas arqueológicas a respeito da existência dos dois. Contudo, na realidade, só precisamos ter certeza de uma coisa: que grande foi o amor de Deus ao escolher tão santo casal para trazer ao mundo a Rainha do Céu e da terra.

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