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O “preço” da misericórdia de Deus

Misericórdia e pecado são ideias correlativas: se nos desfazemos de uma, jogamos fora também a outra. E se os cristãos da nossa época se gabam de ter superado a essa “velharia” chamada pecado, como esperam encontrar misericórdia e compaixão junto de Deus?

Texto do episódio
418

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 
(Lc 6, 36-38)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.

No Evangelho de hoje, Jesus nos pede: “Sede misericordiosos como vosso Pai celeste é misericordioso”. 

Essa realidade da misericórdia está muito presente nos quatro Evangelhos; mas, no Evangelho de São Lucas, ela adquire uma coloração um pouco diferente, pois é o único Evangelho que nos traz aquela cena em que Cristo, no momento em que estava sendo pregado na Cruz, “orava” por seus algozes, repetindo: “Pai, perdoai-os, eles não sabem o que fazem”. 

A partir do momento em que aquelas dores, em que os nossos pecados e as nossas ofensas iam atingindo Jesus, Ele ia rezando e pedindo perdão por nós, porque pedia em nosso lugar, mas também rogava perdão para nós. Diante dessa cena, podemos compreender o que é a misericórdia divina. 

Estamos em um mundo onde as pessoas dificilmente entendem o conceito de misericórdia, porque já não têm o conceito de pecado. Se nós não percebemos que o pecado é uma grave ofensa a Deus, como aquela dor lancinante que Jesus sentiu na Cruz, nós não entendemos o que custou a misericórdia que Ele teve de nós, não entendemos o que custou ao Coração de Deus ser misericordioso.

Alguns podem dizer que o mundo que nós vivemos hoje é muito mais tolerante do que era no passado. Sim, tolerante, pois a palavra tolerância quer dizer exatamente que não precisa de misericórdia, porque não teve ofensa. O mundo tornou-se uma “casa de tolerância”, onde se vive como se os pecados já não fossem mais pecados, como se não houvesse mais ofensa e, portanto, não existisse, também, mais perdão e misericórdia. 

Ora, ser cristão e viver bem este tempo da Quaresma significa que nós devemos compreender profundamente como o nosso pecado ofende a Deus e cria uma tremenda desordem em nossa alma. Por isso, diante dos nossos olhos, deve sempre estar o Crucificado, sofrendo com aquele ato tremendo em que o martelo do algoz inflige em Nosso Senhor as suas chagas gloriosas, por cujo sangue nós fomos salvos e redimidos. 

Quando dizemos: “Jesus, dentro de Vossas chagas, escondei-nos”, precisamos recordar que essas chagas foram criadas por nosso pecado. Mas, mesmo assim, são nelas que nos escondemos porque ali encontramos a misericórdia divina; e, se nos colocarmos como necessitados dessa misericórdia, poderemos ser, também nós, misericordiosos para com os outros, assim como o Pai Celeste foi, é e sempre será misericordioso para conosco.

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LF
Luiz Ferraz
13 Jun 2024

🙏

Responder
HA
Hermés Azevedo
26 Fev 2024
(Editado)

Um dia um leigo ministro começou a entregar a comunhão na boca dos fiéis na fila da comunhão até que um sacerdote decidiu chamar-lhe a atenção tendo em vista que as pessoas estendiam a mão, e se assim agiam, seria a suposição da vontade da pessoa para que a comunhão fosse recebida nas mãos.

Após a Missa na Sacristia aquele leigo ministro foi amorosamente chamado pelo sacerdote e entre um breve colóquio e a posição espiritual favorável a comunhão na boca, disse de forma amiga e descontraída: era importante obedecer até que os bispos "tomassem juízo".

A questão aqui é a dos costumes impostos e certamente a maioria em sua simplicidade sequer pensou no assunto, mas o coração grita!

O fiel que entra na fila da comunhão se adequou àquele momento da pandemia das chamadas precauções impostas "por motivos de saúde" (não entrarei neste mérito questionável) e se acostumou a receber a comunhão na mão e a maioria a recebe formando o trono com suas mãos para Nosso Senhor.

Se você ler isso de uma forma simplista, de maneira moralizante ou passar despercebido, porque você já ouviu isso mil vezes, estamos no caminho da omissão e longe da obediência.

Longe da pretensão moral, mas arrisco dizer que há mais legalismo nesta recepção da comunhão na mão do que a Adoração humilde e madura na nossa sede de Deus.

Talvez pedir através de nossas orações para que os bispos tomassem juízo, para usar a expressão daquele sacertode, e introduzissem o genuflexório em todas as paróquias e possibilitassem aos fiéis a receber a comunhão na boca ajoelhados ou mesmo em pé diante do ministro ou sacerdote neste gesto devocional tão sublime, seria um acréscimo para nossas orações nesta Quaresma.

Outra solução temporária seria informar aos fiéis que podem receber a comunhão na boca, bastando serem receptivos mesmo estando com as mãos em forma de trono, pois isso já se faz de forma automática, o que não significa indisposição alguma para receber a comunhão na boca.

Ontem ouvimos o teste a que Abraão foi submetido e a pergunta a fazer seria, você ama a Deus ou os benefícios de Deus? Este é o teste!

Deus nos proporciona benefícios o tempo todo, mas amamos a Deus pelas coisas boas que Ele nos dá ou amamos a Deus por Ele mesmo?

Amar a Deus pelos benefícios que recebemos e amar a Deus pela vontade Dele é uma distinção fundamental.

O convite para a leitura do livro de Jó nos ensina: Deus submete Jó ao teste, sim, que o faz reclamar, sofrer, tudo isso lemos na coragem de Jó, mas no fundo colhemos a clareza de que não são os benefícios de Deus o motivo do amor de Jó, mas o próprio Deus.

São João da Cruz nos ensina também no sentido espiritual: desapegar-se de tudo.

Então no coração do livro de Jó lemos:

O Senhor deu, o Senhor tirou:

bendito seja o nome do Senhor!

Pai! Qual será a minha oferta?

(Afora o assunto comunhão, demais trechos adaptados e baseados na pregação do Bispo Robert Barron no segundo domingo da Quaresma).

Responder
MH
Márcia Herculano
26 Fev 2024

Muito edificante e propício a fazermos uma alta reflexão sobre os nossos pecados que tanto entristecem o nosso senhor Jesus Cristo 

Responder
RC
Robson Cola
25 Fev 2024

Hoje em dia tudo é válido! Pecado é tudo aquilo que apenas me desagrada, praticado pelos outros! Eu nunca peco! Estou sempre certo!

Responder
Texto do episódio
Comentários dos alunos