Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Jo 17, 1-11a)
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: “Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti, e, porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste. Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo. Eu te glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer. E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do meio do mundo. Eram teus, e tu os confiaste a mim, e eles guardaram a tua palavra. Agora eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, pois dei-lhes as palavras que tu me deste, e eles as acolheram, e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti e acreditaram que tu me enviaste. Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. Já não estou no mundo, mas eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti”.
Celebramos, hoje, com muita alegria, São Carlos Lwanga e seus companheiros mártires. Esses santos eram católicos que pertenciam à corte do rei de Uganda. Entretanto, o rei daquela época era pagão e, por não ser formado na moral cristã, infelizmente tinha práticas sexuais devassas e obrigava os seus pagens a servi-lo sexualmente.
Então, São Carlos Lwanga e seus companheiros começaram a converter os rapazes que pertenciam à corte do rei de Uganda, e logo estes abandonaram as práticas pagãs e começaram a guardar a pureza, não se deixando usar pelo rei. O monarca, evidentemente, não suportou aquela situação, e, por isso, chamou sua corte, ordenando que os que eram cristãos fossem na direção da parede e os que queriam permanecer com ele se dirigissem ao trono. São Carlos Lwanga foi o primeiro a ir à parede, juntamente com seus vinte e um discípulos, que, um pouco depois, foram martirizados.
Essa é a brevíssima história de São Carlos Lwanga e seus companheiros mártires. Nela, observamos como a moral sexual cristã sempre cria conflitos com o mundo pagão, onde o homem é visto como alguém que foi feito para usar os outros sexualmente e depois descartá-los. Nessa mentalidade, não existe a pureza de um verdadeiro homem de Deus.
Sobre isso, o cristianismo joga não só a luz sobrenatural da revelação divina, mas também a luz da razão, a fim de evidenciar o que é, de fato, um ato sexual. Deus nos deu a sexualidade não para divertimento ou para usarmos as pessoas como objeto descartável, mas para trazermos outros seres humanos a este mundo, fazê-los filhos de Deus através do Batismo e conduzi-los ao Céu. Nesse sentido, São Carlos Lwanga é um exemplo extraordinário de pai espiritual, que ensinou a pureza àqueles jovens, mesmo que isso os levasse ao martírio.
Peçamos, portanto, que esses santos intercedam por nós lá do Céu, para que tenhamos a força necessária para enfrentarmos os males deste mundo com bravura e, se preciso for, com nosso próprio sangue.
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