Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Jo 6, 37-40)
Naquele tempo, disse Jesus às multidões: "Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda a pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia".
Comemoramos hoje a memória de todos os fiéis defuntos, pelos quais devemos fazer especial obra de caridade, particularmente neste dia. Contudo, a pergunta que poucos se fazem, e que carrega uma verdade fundamental para a nossa fé, é: por que rezamos pelos que já morreram? Porque "os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do céu" (Catecismo da Igreja Católica, nº 1030). A esta purificação que sofrem as almas já salvas, mas não santas, a Igreja chama de Purgatório. Dessa forma, a oração pelos fiéis defuntos não visa a salvação da alma diante da condenação eterna, e sim a entrada no Céu daqueles que já foram salvos, mas ainda precisam passar pelo fogo purificador para então chegarem à visão beatífica de Deus. Façamos, por isso, não somente neste dia, a caridade de oferecer nossas orações, penitências e obras de misericórdia em sufrágio por nossos irmãos fiéis que padecem no Purgatório, e tenhamos aqui a pressa de um dia fazer festa no Céu com todos eles, como muitos no dia de hoje farão ao serem ajudados por nossas orações.
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