CNP
Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
Todos os direitos reservados a padrepauloricardo.org®

Dom Eugênio Sales, uma escola de fidelidade

Fidelidade. Talvez não haja outra palavra para descrever melhor o que Dom Eugênio significou em minha vida. Fidelidade a Deus, à Igreja, ao Papa, às amizades, aos compromissos assumidos, à fé professada, aos princípios morais, à liturgia, à disciplina canônica, aos horários, à orientação dos médicos...

Texto do episódio

Texto do episódio

imprimir

Fidelidade. Talvez não haja outra palavra para descrever melhor o que Dom Eugênio significou em minha vida. Fidelidade a Deus, à Igreja, ao Papa, às amizades, aos compromissos assumidos, à fé professada, aos princípios morais, à liturgia, à disciplina canônica, aos horários, à orientação dos médicos... A lista seria grande demais para elencar. Uma fidelidade que todos viam, que saltava aos olhos, que gritava sobre os tetos...

Mas o que talvez nem todos conhecessem era a alma desta fidelidade: o querer agradar a Deus em tudo e por tudo. Sim, mesmo que isto desagradasse aos homens; mesmo que isto desagradasse aos seus projetos pessoais e justas aspirações. Quem conviveu com Dom Eugênio pôde presenciar, no dia a dia, estas pequenas ou grandes violências que o Cardeal Sales fazia sobre si mesmo, para não desagradar a Deus.

Sua vida toda foi marcada por este drama interior que só os seus íntimos tiveram o privilégio de testemunhar. Uma dócil fidelidade à vontade de Deus, mesmo quando esta vontade se revestia da aparente irracionalidade da cruz.

Nos últimos anos de vida, Dom Eugênio viveu um verdadeiro calvário – seja por razões pessoais, familiares ou eclesiais. A todos que perguntavam se ele estava bem, se estava sofrendo ou se precisava de ajuda, Dom Eugênio respondia com frequência: “Eu estou muito bem. Meu Pai é bom! Ele pode tudo. Ele sabe tudo”. Confiança de um filho que deseja agradar ao Pai, mesmo quando não o compreende.

Na noite de ontem, Dom Eugênio, viveu a sua última Páscoa. Enquanto ele se apresenta diante de Deus, nós, seus filhos espirituais, temos o dever de sufragar sua alma e pedir ao Senhor que lhe conceda o descanso eterno. Mas, como quem conheceu de perto Dom Eugênio, sinto forte a tentação de dizer que, na verdade, as nossas orações serão usadas por Deus para outra finalidade. É bem possível que ele não as necessite e que esteja desde já ouvindo o convite do Pai bondoso, no qual tanto confiou: “Eia, servo bom e fiel, entra para a alegria do teu Senhor!” (Mt 25, 21).

Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior

Material para Download
Texto do episódio
Material para download
Comentários dos alunos

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

321episódios