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Texto do episódio
01

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc
12, 35-38)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade, eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar!"

No Evangelho desta 3.ª-feira, Jesus nos fala da virtude da vigilância, ou seja, daquela disposição constante e firme para permanecermos acordados à espera de Nosso Senhor, que há de voltar a esta terra e deseja encontrar nossos corações preparados para a sua gloriosa vinda. Como de costume, Cristo recorre a uma comparação bastante expressiva e clara, sobretudo para os judeus da época. Devemos ser, diz-nos o Senhor, como servos cujos rins estejam cingidos, isto é, temos de estar prontos para amar efetivamente a Deus; por outro lado, temos de manter acesas as lâmpadas da fé, sob cuja luz nos guiamos na escuridão de um mundo mergulhado no pecado e cego à glória de Jesus. A nossa esperança na vinda de Cristo, portanto, deve estar bem firmada em duas outras virtudes: a e a caridade cristãs.

Essa exortação do Senhor também nos revela a tendência de nossa alma à sonolência no amor, à preguiça na fé e, por fim, aos sonhos, às quimeras, às ilusões em que o pecado nos introduz com suas falsas promessas de felicidade e de um mundo irreal, sujeito às vaidades e caprichos humanos. Acordando-nos, assim, deste "sono" espiritual, Cristo nos chama à verdadeira vigilância: Ele quer que despertemos da modorra moral a que somos arrastados e, com um empenho amoroso e decidido, nos mantenhamos despertos e joguemos sempre mais óleo na lâmpada de nossa fé, cujo incremento devemos pedir todos os dias a Deus. Que Ele nos conceda, pois, uma fé cada vez mais resplandecente, cada dia mais luminosa. Que essa mesma fé, enfim, dê mãos à caridade e se converta num instrumento de serviço a Deus e ao próximo, iluminando os caminhos da terra e conduzindo muitas outras almas ao encontro definitivo com Cristo na glória do Céu.

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