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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc
8, 1-10)

Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: "Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não tem nada para comer. Se eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe".

Os discípulos disseram: "Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?" Jesus perguntou-lhes: "Quantos pães tendes?" Eles responderam: "Sete".

Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os sete pães, e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que o distribuíssem. E eles os distribuíram ao povo.

Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também. Comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram. Eram quatro mil, mais ou menos. E Jesus os despediu. Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus foi para a região de Dalmanuta.

Somos um povo que caminha pelo deserto; e, como peregrinos neste mundo, se formos abandonados às nossas próprias forças, morreremos de fome. Por isso, temos necessidade de que Nosso Senhor, Caminho que conduz ao Pai (cf. Jo 14, 6), constantemente nos alimente, como fez com aquelas multidões esfomeadas que já há três dias O vinham seguindo e ouvindo a sua palavra. O próprio Cristo, com grande sensibilidade, se adianta às necessidades dos que O buscam de coração sincero e, compadecido, opera a segunda multiplicação dos pães: "Tenho compaixão dessa multidão", diz, para logo em seguida saciar com sete pãezinhos e alguns peixes a quatro mil homens, "mais ou menos".

Este prodígio admirável aponta, evidentemente, para a Santíssima Eucaristia, refeição espiritual por excelência; mas não se restringe a isso. Pois, como diz Santo Inácio de Antioquia, também a é carne do Senhor e a caridade, sangue de Cristo (Epístola aos Tralianos, c. 7). Deus nos alimenta, com efeito, sempre que com a sua graça nos move a ter atos de fé e de amor ao longo do dia, atos que, se forem realizados com fervor e desejo ardente de agradar ao Senhor, nos fortalecerão de modo semelhante a uma comunhão bem feita. Roguemos, pois, à Virgem Santíssima de Lourdes que nos conceda a graça de termos o nosso coração sempre alimentado pela fé e amor de Cristo; que ela, que é Mãe da graça e do Autor de todo bem espiritual, permaneça conosco durante esta nossa peregrinação rumo ao Céu.

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