Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 8, 16-18)
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: "Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ao contrário, coloca-a no candeeiro, a fim de que todos os que entram vejam a luz. Com efeito, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto; e tudo o que está em segredo deverá tornar-se conhecido e claramente manifesto. Portanto, prestai atenção à maneira como vós ouvis! Pois a quem tem alguma coisa, será dado ainda mais; e àquele que não tem, será tirado até mesmo o que ele pensa ter".
O nome de Maria, entre os múltiplos sentidos que se lhe podem atribuir, significa também stella maris, estrela do mar. Nossa Senhora, deste ponto de vista, é como um luzeiro para guiar os navegantes deste mundo, um guia para os náufragos que descendem de Adão e Eva. Não sabemos, de fato, para onde nos dirigir nem divisamos com clareza em que parte se encontra o porto da salvação, e por isso Jesus nos oferece sua Mãe. Cristo, é bem verdade, é aquele sol nascente que nos vem iluminar; seu esplendor, porém, pode ser tão intenso e ofuscante que nossos olhos, para poder enxergar à sua luz, necessitam olhar para aquela lua em que se refletem seus fulgores — necessita, numa palavra, olhar para a Virgem Maria. Mas "olhar" em que sentido? Olhar sobretudo para as suas virtudes, a fim de as imitarmos. Porque se formos verdadeiros devotos de nossa Mãe, iremos seguir seu exemplo de fé, humildade e caridade inigualáveis. Ela é nossa referência de como nos devemos portar, do amor com que temos de agir, da maneira, ao mesmo tempo tão simples e extraordinária, com que havemos de entregar-nos a Deus. Hoje, dia que em celebramos a memória de seu querido devoto, S. Hermano, o Entrevado (1013-1054), supliquemos à Mãe do Redentor, Porta do Céu e Estrela do mar, que socorra sem demora o povo cristão que procura levantar-se do abismo da culpa e lhe indique o único Caminho que nos leva ao Pai.
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