Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 5, 17-19)
Naquele tempo; disse Jesus aos seus discípulos: "Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus".
Cristo, ao entregar-nos a Virgem Maria, quis dar-no-la pelas mãos de um sacerdote há pouco ordenado, São João (cf. Jo 19, 25ss), no qual a Igreja sempre viu figurados não só os fiéis, mas ainda toda a humanidade. Pois Maria, como Mãe de Cristo e da Igreja, é também Mãe da graça — graça que o Senhor quer verter copiosamente sobre todos os homens para os salvar e trazer ao conhecimento da verdade (cf. 1Tm 2, 4). Aos pés da cruz, pouco antes de morrer, Jesus confiou ao discípulo amado a criatura a que Ele mais queria: "Eis aí a tua mãe", e daquela hora em diante João a levou para a sua intimidade (gr. 'εἰς τὰ ἴδια'; lt. in sua), tornando-a parte de seu próprio coração. Por isso, a Virgem Santíssima tem, por disposição de seu Filho, uma presença mais do que especial em toda alma consagrada ao ministério sacerdotal, convocada pela própria vocação a fazer crescer em si e nos outros a devoção a esta tão boa Mãe. Que hoje, em nosso momento de oração, possamos lembrar-nos de todos os sacerdotes com que Deus nos dispensa os seus mistérios, alimentando-nos com a Eucaristia e restituindo-nos pela Penitência à sua amizade. Peçamos a Ele, pois, que abrase o coração de seus filhos sacerdotes com um amor tão mariano que os configure ao Coração Sacratíssimo que, mesmo na agonia do Calvário, não se esqueceu de dar-nos Maria.
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