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Masturbação: nunca mais!

Um número enorme de pessoas sofre a escravidão da masturbação e da pornografia. Na prática, como colaborar com a graça de Deus e se libertar para sempre desta miséria? Nesta aula, Padre Paulo Ricardo dá uma resposta definitiva às inúmeras questões que surgem a respeito desse tema. Assista e ajude-se!

Texto do episódio
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Muitas pessoas, homens e mulheres, sofrem com o vício da masturbação, e não têm forças para vencê-lo. Existe um curso em nosso site que trata especificamente desse assunto, apresentando dados científicos de como a pornografia e a masturbação têm consequências gravíssimas sobre o cérebro e a alma humana. Para ajudar ainda mais nesse combate, apresentaremos, nesta aula, dicas muito práticas de como viver a castidade e uma sexualidade mais sadia. Nosso objetivo, por ora, não é convencer ninguém de que a masturbação é um pecado, mas oferecer ajuda a quem já identificou o problema.

A dificuldade maior dos viciados em masturbação e pornografia encontra-se no cérebro, que, de certo modo, é o principal órgão sexual de nosso corpo. Existe, em nosso cérebro, um neurotransmissor chamado dopamina, cuja liberação ativa o instinto da caça no ser humano. O homem vai atrás de comida, de uma presa, para que possa se satisfazer com ela: ele busca uma recompensa. E o mesmo princípio ativo vale para a sexualidade. A excitação dos corpos deve-se a uma descarga de dopamina, que anima a pessoa a buscar alguém com que se relacionar. E é assim que essa pessoa chega à pornografia e à masturbação. Tudo começa com a liberação de dopamina.

Os olhares impudicos na rua, a curiosidade desenfreada na internet, a ociosidade cotidiana… Todas essas atividades que causam a liberação descontrolada de dopamina estão na origem do vício da masturbação. A pessoa está à procura de algum prazer: comida, bebida, sexo etc. E como ela não pode conseguir relações sexuais com muita facilidade, a pornografia e a masturbação tornam-se uma opção comum, pois, nessas atividades, o prazer depende apenas de um clique. Ninguém faz esforço para conseguir acessar um site pornográfico.

A primeira coisa a fazer, portanto, é ordenar a liberação de dopamina. Nos Mandamentos, existem dois preceitos sobre a sexualidade: um para os atos (o sexto, que diz para não pecar contra a castidade) e outro para os pensamentos (o nono, que diz para não desejar a mulher do próximo). Notem a sabedoria divina: não é possível cumprir o sexto mandamento sem o cumprimento fiel do nono, ou seja, sem a purificação dos pensamentos, que inclui a modéstia dos olhares. A masturbação começa com a imaginação da pessoa que ficou buscando corpos robustos na rua ou em outro lugar qualquer. Nesse caso, ou se aceita integralmente o nono mandamento, ou o sexto continuará sendo um obstáculo.

Além disso, uma compreensão errada sobre a sexualidade torna a castidade uma tarefa assaz problemática. É preciso humanizar a sexualidade outra vez, pois ela não existe para o prazer animalesco e momentâneo. O sexo é um dom de Deus para a criação do gênero humano. Trata-se de uma missão, pela qual as famílias tornam-se mais semelhantes ao Criador, exercendo as virtudes da paternidade e da maternidade. Quando um homem se une a uma mulher, os dois tornam-se, de fato, uma só carne, e as suas “sementes” entram em comunhão para a geração de um novo ser. Os filhos devem estar presente na sexualidade do casal, ainda que nem toda relação aberta à vida resulte em uma gravidez.

A Revolução Sexual criou a ilusão de que o prazer é uma necessidade, pois nenhum outro animal sente tanta sede de orgasmos contínuos como o ser humano pode sentir. Mas isso se deve mais a uma vida desregrada do que a uma necessidade verdadeiramente humana. É que o prazer realmente vicia. Por isso, o sexo precisa estar associado à família, ao sacrifício de amor um pelo outro e, sobretudo, aos filhos, para que não degenere em puro egoísmo e satisfação de carências. O homem não tem necessidade de prazer, tem necessidade de amor.

A meditação sobre a finalidade do sexo ajuda a transformar a vontade e ordenar os próprios instintos. E, uma vez convencida sobre esse assunto, a pessoa precisa pôr em prática os meios da castidade: guardar o olhar, fugir das ocasiões de perigo, ocupar-se com atividades sadias como trabalho, estudo, esporte e outros bons lazeres. Tudo isso serve para controlar a liberação de dopamina. Ao contrário, se a pessoa se permitir olhar maliciosamente para os corpos alheios, jamais será verdadeiramente casta, porque o pecado contra a pureza, que não admite parvidade de matéria, começa no coração. Se os seus olhares causaram-lhe uma excitação deliberada, então você já pecou!

Para as pessoas que se expuseram muito à pornografia ou que se excitam com apenas um olhar, ainda que não seja malicioso, vale esta dica preciosa: concentre-se na realidade, ou seja, olhe para outras coisas que despertam a sua atenção, veja os detalhes, de modo que a sua imaginação não possa desenvolver nenhum pensamento furtivo. Ademais, é preciso ter muita atenção com os toques e outros tipos de intimidades, como conversas etc. Enfim, deve-se evitar tudo o que desperte a excitação.

Mas, de todos esses conselhos, dois devem estar muito bem presentes no coração: o recurso à graça de Deus e o desejo de amar sem medida. Quem não quiser suportar dificuldades por amor a Deus e ao próximo, jamais terá uma vida realmente casta, ainda que muito se esforce, pois a pureza não se resume a um esforço meramente humano, mas é também um dom de Deus.

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