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Por que são tão poucos os que chegam à santidade?

A santidade não é para poucos, é para todos. Mas o fato é que são tão poucas as pessoas a alcançá-la, que terminamos deixando de crer em nossa própria vocação. Nesta aula, Padre Paulo enfrenta este problema e nos ajuda a identificar o que está atrapalhando a ação de Deus em nossas almas.

Texto do episódio
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No dia 12 de julho, a Igreja comemora o dia de São Luís e Santa Zélia, os pais de Santa Teresinha. Analisando brevemente sua biografia, vemos, num primeiro momento, apenas a vida ordinária de mais uma família francesa do século XIX: tiveram nove filhos, a mãe tinha uma pequena fábrica das famosas Dentetlle d’Alençon (uma renda típica de sua região) e o pai exercia o ofício de relojoeiro. Mesmo assim, eles alcançaram o cume da santidade.

Convém, portanto, discorrermos sobre essa vocação à santidade à qual todos os católicos, sem exceção, são chamados. Deus nos chama a ser grandes santos. Por que, então, são tão poucos os que realmente chegam lá? O que está impedindo que nos tornemos aquilo para o qual fomos criados?

O Concílio Vaticano II diz, no capítulo 5º da Constituição Lumen Gentium que existe uma vocação universal à santidade da Igreja e dos fiéis; ou seja, todo batizado é chamado não somente à salvação, mas à santidade.

No entanto, por que é tão raro termos, por exemplo, pessoas com a pureza de Santa Maria Goretti, a sabedoria infusa e extraordinária de Santo Tomás de Aquino ou a paciência de São Pio de Pietrelcina, que carregou as chagas de Cristo no seu corpo? Por que é tão difícil alcançarmos as virtudes dos grandes santos?

Observamos na prática que o mais comum é lutarmos bastante para superarmos os pecados mortais e, ainda assim, permanecermos presos em abundantes pecados veniais e imperfeições. Acabamos levando na “má vontade” aquele importante chamado de Deus. É como se sempre disséssemos, intimamente: “Ah, para que tanta coisa? Não preciso desses radicalismos…”, ou “ser santo, sim, quem sabe um dia… mas agora não”.

Mais grave é saber que a descrição acima vale para uma “elite” — aqueles bons cristãos que buscam viver em estado de graça e, justamente por isso, estão no caminho da salvação. Infelizmente, porém, essa não é a situação da maioria dos católicos, que vive uma tragédia ainda pior: chamados à santidade, encontram no confessionário padres que dizem que a pornografia, a masturbação, os anticoncepcionais, o divórcio e tantos outros erros gravíssimos não são sequer pecado. Rezar todos os dias, então? “Coisa de fanático!”

Ou seja, a grande maioria dos católicos é vítima de uma mentalidade que não somente está afastando-os da santidade, mas que está levando-os literalmente para o Inferno. De que forma chegamos a essa situação na Igreja? Vamos tentar entender onde está, verdadeiramente, o problema que nos afasta da vocação universal à santidade.

Os inimigos da santidade

Deus, em sua infinita bondade, quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. Mas o Senhor não quer somente que sejamos salvos, e por isso diz: “Santificai-vos e sede santos, porque Eu sou santo” (Lv 11,44b). Jesus nos recorda: “Sede, portanto, perfeitos como vosso Pai Celeste é perfeito” (Mt 5,48). Filhos verdadeiros de Deus, portanto, são aqueles que agem como Deus age — aí está a santidade!

Como, porém, chegar à santidade? Antes, convém percorrermos primeiro o caminho contrário, conhecendo os três obstáculos que nos afastam da santidade: i) o primeiro é a ignorância — as pessoas não sabem o que é santidade; ii) o segundo é uma espécie de preguiça espiritual, aqueles que sabem o que é a santidade mas não são generosos o suficiente para buscá-la; iii) o terceiro, mais raro, é a falta de orientação espiritual adequada, ou seja, pessoas generosas e que desejam ser santas, mas não conseguem progredir por falta de um diretor espiritual que as ajude.

Analisemos mais detidamente cada um desses obstáculos. O primeiro e maior de todos é que, hoje em dia, o diabo instalou uma confusão doutrinal tão grande que, até mesmo na Igreja, muitos não sabem mais o que é a santidade.

A crise do mundo cristão começou, no fim da Idade Média, exatamente como uma crise de santidade. Primeiro, os católicos começaram a adotar modas pagãs. Em seguida, a peste negra dizimou grande parte dos bons diretores espirituais e dos homens santos. Diante desse quadro, em que já não havia santidade “na prática”, surgiu Lutero.

E justamente ele, o pai do protestantismo, afirmou claramente que não existe santidade. Sua famosa sentença — “Pecca fortiter sed crede fortius” (“Peque fortemente, mas creia mais fortemente ainda”) — resume essa visão de que é impossível sermos santos. Para Lutero, os cristãos devem se ater ao problema da salvação; e para alcançá-la, basta a fé em Jesus. As grandes obras de virtudes heróicas, por sua vez, seriam impossíveis para o homem. Essa é uma característica universal dos protestantes: para eles, é impossível que um cristão possa ser santo aqui neste mundo, realizando as obras divinas por virtude da graça como nós católicos cremos que um santo é capaz de fazer.

A Igreja, que já sofria com esse “naufrágio” do ideal de santidade, viu surgir em seguida, como um iceberg no horizonte, o problema do modernismo (chamado por São Pio X de “síntese de todas as heresias”).

O modernismo, de origem maçônica, agrava em um nível muito mais profundo o erro protestante. Agora, não é preciso sequer termos fé em Jesus para sermos salvos: basta sermos bons cidadãos — não roubar, não matar — independente da crença que professamos. Nesse naturalismo próprio dos modernistas, as pessoas são levadas a concluírem que não possuem pecados e não precisam da graça ou da ajuda de Deus para serem salvas.

Eis a confusão dos infernos em que nos encontramos. As pessoas não somente ignoram o que é a santidade, mas sequer têm clareza sobre o que é a salvação conforme a Igreja Católica sempre creu e pregou: para alguém ser salvo, precisa ser batizado, crer em Jesus e cumprir seus mandamentos — “Ide, pois, e fazei discípulos todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-os a observar tudo o que vos mandei. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 19,20). 

Ser salvo não é ser santo!

Vamos supor que alguém tenha saído dessa confusão infernal e enxergue aquilo que a Igreja Católica sempre ensinou: para sermos salvos Jesus nos deixou uma doutrina e uma moral, os sacramentos e a sua Igreja. E vamos além: suponhamos que essa pessoa tenha consciência de que, para alcançar essa salvação é preciso crer corretamente, receber os sacramentos e viver em coerência com os Mandamentos de Deus. Portanto, é uma pessoa que conhece a doutrina, tem uma vida moral reta, recebe os sacramentos em estado de graça e possui vida de oração. Pois bem, quem faz tudo isso está no caminho da salvação, mas ainda não significa que está no caminho da santidade.

Há uma dificuldade generalizada em compreender que ser salvo e ser santo são coisas distintas. Quem morre em estado de graça, mas não se purificou completamente através de uma vida de grande santidade, vai para o Purgatório — sua alma está salva, mas precisa ainda se purificar no Purgatório, de onde depois seguirá necessariamente para o Céu, pois no Purgatório só existe uma “porta de saída”, e é para o Céu.

Veja, porém, que “desgraça”: essa alma que foi salva e ainda precisa se purificar foi chamada à santidade! Não chegou a ser santa no grau de santidade que Deus desejava, ou em outras palavras: é uma alma que não amou a Deus naquele grau de generosidade que o Senhor esperava dela. Foi para o Céu como a criança que só foi aprovada depois da “prova de recuperação”.

Começamos, agora, a ter um vislumbre um pouco mais claro do que é verdadeiramente a santidade. O primeiro obstáculo que impede as pessoas de serem santas é que elas não sabem mais o que é um santo. Há quem pense que um santo é apenas alguém que “não peca contra nenhum dos Dez Mandamentos”.

O caminho para a santidade, porém, é bem mais longo. Vamos supor, por exemplo, que alguém pare de cometer pecados mortais. Isso é ótimo! Em seguida, essa vai além e também para de cometer pecados veniais. Isso é excelente! Nenhum pecado mortal ou venial, nunca mais. Por mais grandioso que isso possa parecer, a pessoa que chega a esse patamar está, na verdade, apenas na “estaca zero”! Ou seja, ela não é santa, mas pode começar a trilhar esse caminho. É como se antes, na vida de pecado, ela estivesse na “estaca menos mil”, e fosse subindo para a “menos oitocentos”, “menos quinhentos”, “menos cem”, “menos dez”, “menos um” até a “estaca zero”, quando então parou de pecar.

É nesse momento da “estaca zero” que se inicia, de fato, a nossa grande vocação. O problema é que as pessoas pensam que parar de pecar é ser santo. Mas isso é absurdo. Seria como dizer que um avião que parou de cair é o avião que realizou a sua vocação. Não é isso! O avião que realiza a sua vocação é aquele que voa.

A vocação do cristão é ser santo: é amar a Deus com um amor sublime, um amor divino, um amor com o qual o próprio Deus se ama. Esta é a grande maravilha: Deus quer derramar em nossos corações o seu amor para que nós amemos a Ele heroicamente, de tal forma que quando um santo se comporta como um santo, ficamos espantados: “É impossível alguém se comportar assim, amar desse jeito. Isso não é normal”.

Existe algo de incrível na vida dos grandes santos, e não está na seção de milagres. Obviamente é espantoso conhecer os milagres, ver que um santo ressuscitou um morto, fez uma mula ajoelhar diante do Santíssimo Sacramento, caminhou nas águas, levitou ou fez curas e prodígios — mas não é isso que “faz” o santo.

Esses fenômenos extraordinários acontecem de fato; mas não são os milagres que fazem o santo, o que faz um santo são as suas virtudes. O que faz um santo é crer em Deus com uma luz sobrenatural, a tal ponto que essa fé, unindo o seu coração a Deus, faz com que ele espere em Deus de uma forma sobrenatural e ame a Ele com o próprio amor com o qual Deus se ama. É nesse ponto que começam a se manifestar os dons do Espírito Santo na vida de um santo: uma sabedoria, uma ciência, um conselho, um temor de Deus que só podem ser coisas divinas. Assim, vemos claramente que a fortaleza dos mártires, a piedade dos confessores, a inteligência dos doutores, a castidade e a pureza das virgens são feitos extraordinários de pessoas que agem divinamente.

Embora seja prodigioso e extraordinário, é possível amar tanto assim. Um santo é um ser humano que se comporta divinamente, de tal forma que realmente pode dizer, como São Paulo: “Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20) — isso é um santo!

Como buscar a santidade?

Agora, finalmente, podemos tratar com mais clareza sobre o que é necessário para ser santo.

Nosso apostolado tem se dedicado nos últimos anos a ensinar,  pacientemente, algumas coisas que são necessárias para sermos santos. É um conhecimento que serve, pelo menos, para que as pessoas saibam identificar o que é a santidade e o que é preciso saber para alcançá-la.

Há anos temos insistido que precisamos de uma “segunda decolagem”. Para isso, até criamos o slogan #projetosegundamorada, e fizemos o curso aberto Ensina-nos a orar e, para os assinantes, os cursos Engenharia da Santidade (I e II) e o Caminho de Perfeição, baseado na obra de Santa Teresa.

Nós criamos essas formações para tirar as pessoas da ignorância e derrubar estes obstáculos que as impedem de ser santas: i) não saber o que é a santidade; ii) mesmo sabendo o que é a santidade, não serem generosas;  iii) embora saibam o que é e sejam generosas, acabam “empacadas” por falta de direção espiritual.

Para ultrapassar o primeiro obstáculo, que estamos analisando mais detidamente nesta aula, recomendamos os cursos Engenharia da Santidade (I e II). São cursos que mostram não somente que existe um caminho de santidade, mas permitem que você entenda com clareza o que é ser santo — alguém que ama com uma caridade sobrenatural, uma verdadeira chama ardente de amor, para amar a Deus nos irmãos e amar a Deus em si mesmo.

Uma vez que ficou claro para a pessoa o que é a santidade, e que ela não vai ser santa apenas seguindo os Mandamentos, mas somente se for generosa na oração e nas virtudes, essa pessoa começa, então, a fazer coisas às quais ela “não é obrigada”.

O cristão normal vai à Missa aos domingos, mas quem deseja ser santo começa então a ir à Missa todos os dias. Um cristão normal reza de vez em quando, mas quem quer ser santo deseja comungar todos os dias e ter oração de intimidade. Ele começa a rezar, a ser generoso, a fazer caridade de um jeito que ele não é obrigado, passa a perdoar as pessoas de uma forma sublime e heroica. Enfim, é fácil entender que são poucos os que fazem isso, porque a maioria quer apenas uma “vidinha regrada”: as pessoas não querem “ser incomodadas”, querem apenas ser “boazinhas” e continuar no seu comodismo.

Mas quem quer ser santo é diferente: age com generosidade e deixa-se “incomodar” por Deus. Insistimos que aqui ainda estamos falando de retirar o segundo obstáculo: para alcançar essa generosidade, é preciso rezar; e rezar muito! Não é possível seguir o caminho da santidade sem se recolher — e não é possível se recolher estando antenado em todas as redes sociais e sabendo tudo que está acontecendo no mundo, participando “de todos os barulhos do planeta”. Não é possível ser santo sem, por exemplo, “caprichar” extraordinariamente na pureza, na paciência, na caridade, no amor ao próximo, na doação, sem deixar-se incomodar pelos outros por amor a Cristo.

Uma vez que se alcança esse nível de generosidade, então, o segundo obstáculo começa a ser superado. Mas aí sobra ainda o terceiro, porque, embora a pessoa reze bastante, ainda pode ficar “emperrada” se não tiver um diretor espiritual que lhe explique algumas coisas. Por exemplo, embora a meditação seja importantíssima na vida de oração, há um momento em que alguém que já progrediu no caminho espiritual precisa parar de meditar — mas essa pessoa não pode parar antes do tempo certo, nem insistir em meditar quando já é hora de parar. Quando é então o momento de parar de meditar? Muitos que passam por essa situação não conseguirão enxergar isso. Percebe-se, então, como é fundamental o papel da direção espiritual.

Mas não basta apenas ter um bom diretor espiritual; é preciso fazer o que ele orienta. Por exemplo, quando eu vejo que a pessoa está tendo os primeiros sinais da oração de simplicidade, eu a oriento a parar de meditar. Mas, ao voltar no mês seguinte, muitas vezes percebo que ela não fez o que eu orientei e continuou querendo meditar, mesmo sem conseguir. Aí, com paciência, eu mostro a Teologia da Perfeição Cristã, do Padre Royo Marín, o Compêndio de Teologia Ascética e Mística, do Tanquerey, e convenço então o dirigido. Muitas vezes, é trabalhoso desse jeito. A pessoa não enxerga o sentido das coisas e, por isso, não segue as orientações e, consequentemente, não progride.

A santidade se dá, basicamente, no progresso da vida de oração. A santidade é uma realidade da graça, não é um esforço humano, não é fruto de um pelagianismo. Ninguém é capaz de “fazer” a santidade com suas próprias forças. Mesmo assim, o diretor espiritual precisa enxergar a autenticidade e os frutos da oração, observando se começaram a surgir virtudes na vida do dirigido.

Pode acontecer, no entanto, que a pessoa comece a progredir na oração, mas fique estagnada nas virtudes. Isso ocorre quando ela fica presa a uma “vida regrada”. Por exemplo, ela fez no início de sua caminhada uma regra de vida, que é essencial, mas agora acha que precisa levar aquilo a “ferro e fogo”. Deus, porém, está dizendo para ela: “Saia da vida regrada. Seja mais generosa”. Em certos momentos, Deus pode pedir uma generosidade a mais, e o diretor espiritual deve ter esse discernimento para mostrar isso à pessoa.

A tragédia atual

É importante insistir que estamos vivendo uma tragédia monumental, espiritualmente falando. Conforme já mencionamos, quase que como um “canto do cisne”, o Concílio Vaticano II, em um de seus últimos atos, emitiu a constituição dogmática Lumen Gentium, cujo capítulo 5º destacou a “vocação universal à santidade”. No entanto, o que vemos acontecer na Igreja, depois disso, parece ser um esquecimento desse chamado a sermos santos.

Há quem diga: “O Padre Paulo é contra o Vaticano II”. Ora, uma acusação dessas não podia ser mais inconsistente, visto que o nosso apostolado defende e difunde a grande pérola preciosa do Vaticano II, que é a vocação universal à santidade.

Existem, porém, os que querem definir um novo “tipo de santidade”. Mas acontece que a Igreja tem dois mil anos de estudo sobre a santidade. Nos séculos XIX e XX, nós chegamos ao cume do aperfeiçoamento teológico sobre como se dá a santidade. Ainda assim, tudo isso foi jogado no lixo pelos que desejam viver um naturalismo psicologista: “O importante é nos sentirmos bem, pois Deus é amor, mesmo que eu seja um egoísta, sem-vergonha e safado”. Isso, obviamente, não leva ninguém à santidade. É impossível ser santo desse jeito.

Hoje, a tragédia número um da Igreja é esta: muitos de seus membros esqueceram o caminho da santidade e também o caminho da salvação. Aqueles que, com a graça de Deus, sabem o caminho da salvação, não sabem o da santidade; os poucos que se deram ao trabalho de descobrir qual é o caminho da santidade ainda têm isso como uma coisa meramente intelectual, sem colocar esse conhecimento em prática com generosidade; e aqueles pouquíssimos que colocam em prática, muitas vezes encontram dificuldades, porque não encontram um diretor espiritual que os “desencalhe” quando encontram certos obstáculos.

O curso “Direção Espiritual: A Jornada”

É importante ter um diretor espiritual? Sim, é importantíssimo. Sabemos que isso é bastante difícil. É aqui que entra a nova proposta do nosso site: o curso Direção Espiritual: A Jornada, que é mais uma iniciativa para resolver o problema de “por que poucos chegam à santidade”; com o diferencial de que, agora, estamos tentando preencher a ausência de bons diretores espirituais.

Trata-se de um curso diferente dos outros: é uma espécie de curso prático, uma oficina de santidade. Diante da falta de diretores espirituais e como é impossível que eu atenda pessoalmente a todos, pensamos em algo que funcione como uma espécie de direção em que procuramos, passo a passo e de módulo em módulo, permitir que o aluno assista às aulas e faça determinadas tarefas antes de avançar para a próxima etapa. Superada essa primeira fase, depois de um tempo, faremos algumas aulas para responder às principais dúvidas dos alunos. E assim será feito a cada módulo.

Com o curso Direção Espiritual: A Jornada e seus próximos módulos, vamos tentar superar alguns desses obstáculos que nos impedem de chegar à santidade, porque Deus quer que os superemos!

Deus não nos pede coisas impossíveis, mas pede que sejamos santos — e grandes santos. Não se trata de orgulho, pretensão ou soberba desejarmos ser grandes santos. Querer ser um grande santo é dar a Deus o amor que Ele merece receber. Quem somos nós para negar esse amor a Ele? Ora, Ele quer nos dar o amor com o qual Ele deseja ser amado — essa é a maravilha! A questão é: nós estamos dispostos a receber esse amor?

Quais passos precisamos dar para que Deus nos transforme e retire os obstáculos que nos impedem de receber esse amor necessário para sermos os santos que Ele espera que sejamos? O que precisamos fazer para que sejamos, neste mundo, santos como Ele deseja, e um dia, no Céu, alcancemos o grau de glória que, desde toda a eternidade, Ele reservou para nós? Eis, de forma breve, o roteiro do nosso projeto.

Nesta “direção espiritual coletiva”, tentaremos trilhar com os nossos alunos os passos necessários para retirar os obstáculos da vida espiritual e, assim, criar uma cultura de santidade. Trata-se apenas de uma pequena contribuição nesse grande projeto que Deus tem para nós.

Isso não significa que apenas com as coisas do site será possível sermos santos, mas cremos que é nossa missão abrir portas e mostrar caminhos. Nosso apostolado é um pequeno instrumento e, ao mesmo tempo em que realizamos esse projeto para os alunos, também o fazemos para toda a equipe do site padrepauloricardo.org. Nós somos os primeiros que precisam “tomar vergonha na cara” e buscar a santidade.

Concluímos então, convidando a todos que nos acompanham: vamos, como família, seguir o caminho da santidade! Tudo começa quando tiramos esses miseráveis obstáculos que estão impedindo a nossa santidade e a de tantas pessoas: ignorância, falta de generosidade e falta de direção, para passarmos pela porta estreita e sermos aquilo que Deus sonhou para nós.

Que São Luís e Santa Zélia, grandes exemplos dessa vocação universal à santidade, lá do Céu nos abençoem e, assim como fizeram de sua filha Santa Teresinha uma grande santa, alcancem-nos as graças necessárias para que sejamos grandes santos e cheguemos a cantar a glória de Deus para sempre no Céu!

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