Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(
Mt 12, 46-50)
Naquele tempo, enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém disse a Jesus: "Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo". Jesus perguntou àquele que tinha falado: "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?" E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: "Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe".
Conta-nos uma antiga tradição — tornada, com o passar do tempo, persuasão comum de toda a Igreja — que São Joaquim e Sant'Ana, após darem Maria à luz, decidiram, a exemplo de Ana (cf. 1Sm 1, 22; João Damasceno, De fide orth., c. 13), consagrá-la ao serviço a Deus no Templo de Jerusalém, costume comprovado entre os judeus de então e atestado, ademais, pelas Escrituras (cf. Lv 27, 2ss; v. Ex 35, 25 e 38, 8). Confiada ainda criança aos cuidados dos sacerdotes, a pequena Virgem permaneceu ali até a idade de onze ou doze anos. Com base na mesma tradição e nos indícios presentes na Bíblia, durante esse período, que não se viu privado de inúmeros prodígios, cuja historicidade, de resto, é duvidosa, ela teria abraçado a virgindade perpétua como meio de dedicar-se ainda mais perfeitamente ao Senhor. Ao final de sua estância no Templo, a Virgem Santíssima foi desposada por São José, eleito por Deus para ser guardião do pudor e da integridade nunca violada daquela que seria sua própria Mãe. Peçamos hoje a Maria, nossa Mãezinha do Céu, que, assim como ela foi dedicada por seus pais a Deus, se digne entregar também a nós a seu Filho querido, a fim de O servirmos de dia e de noite com um corpo casto e um coração limpo.
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