Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 8, 23-27)
Naquele tempo, Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia.
Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” Jesus respondeu: “Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?” Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. Os homens ficaram admirados e diziam: “Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”
Após a solenidade dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, a Igreja celebra a memória dos protomártires de Roma, cujo sangue inocente, derramado por ódio a Jesus Cristo, pôde abalar os alicerces de um dos maiores e mais duradouros impérios da história. Lançando raízes de forma discreta e humilde, o cristianismo desenvolveu-se a tal ponto no seio do Império Romano que, sem armas nem revoltas, com obediência à autoridade legítima e submissão incondicional à vontade de Deus, os fiéis foram capazes de converter à doçura do Evangelho a fúria que os lançava às arenas e fazer curvar-se à cruz de Cristo a espada implacável de César. Nós, embora distantes no tempo daquelas sangrentas perseguições, ainda vivemos, nas instituições e nos governos, a hostilidade que o mundo sempre teve à pregação dos Apóstolos. Mas também nós, como aqueles primeiros mártires, temos o dever de dar testemunho de Cristo, mesmo que as circunstâncias sejam desfavoráveis e, às vezes, decisivas. Que a nossa fidelidade a Jesus e aos ensinamentos da Igreja possa, como instrumento da graça, servir à conversão de quantos, ainda hoje, odeiam o Evangelho e não suportam as exigências do bem e da verdade. Recorramos para isso à intercessão dos mártires da Igreja de Roma, prova de que é a graça e a fé que transformam realmente o mundo, e não as armas nem, muito menos, os ídolos construídos pela ideologia do progresso.
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