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Texto do episódio
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Celebrando hoje a Missa votiva do Coração Eucarístico de Jesus, queremos recordar que do Coração de Cristo brotou o dom do sacerdócio católico. Ora, quando a noção de sacerdócio se abala no coração do homem, o mundo inteiro desaba.

Passemos em revista o que aconteceu nos últimos cinco séculos. Há quinhentos anos, um padre chamado Lutero deixou de crer no sacerdócio. O protestantismo é isso, um “cristianismo” sem sacerdócio, no qual todos os cristãos são iguais, fiéis e pastores.

Um “pastor” evangélico não tem o poder de perdoar pecados ou de consagrar de verdade o Corpo e o Sangue de Cristo. Tanto é assim que, depois da “ceia”, o que sobra é jogado num sacolão de lixo. Para o protestante, a Eucaristia é só um símbolo. A revolução começou pela negação deste poder sublime dado por Jesus aos sacerdotes.

Ora, se nós cremos em Jesus, não podemos não crer no que Ele fez ao dizer aos Apóstolos: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhe-ão perdoados; àqueles a quem não lhos perdoardes, ser-lhes-ão retidos”. Com isso, Jesus instituiu o sacramento da Penitência. 

O Senhor disse na Última Ceia: “Isto é meu Corpo… Fazei isto em memória de mim”, e tempos antes: “Quem come a minha carne e bebe o meu Sangue, a este eu ressuscitarei no último dia”. Não, a Missa não é um ritual folclórico. A Missa é o Calvário, o sacrifício da Cruz. O protestantismo está todo ele ancorado no ódio ao sacerdócio e, portanto, à Missa.

Quando digo que os protestantes são visceralmente contrários à Missa e ao sacerdócio, não estou dizendo à toda. Leiam-se os escritos de Lutero ou os Artigos de Esmalcalda, cujo artigo segundo considera a Missa e o sacerdócio um ritual blasfemo. Protestantismo e ódio ao sacerdócio e à Missa são sinônimos.

Se primeiro veio o ódio ao sacerdócio, mais tarde, cerca de trezentos anos depois de Lutero, veio a Revolução Francesa. Ora, o que foi a Revolução Francesa? Ódio a Jesus. Qual é, pois, a religião da Revolução Francesa? A mesma dos maçons, religião que infelizmente tomou conta da sociedade. Pessoas que nunca puseram os pés numa Loja tem essa mentalidade: “Todas as religiões são boas, o importante é crer em alguma coisa”.

Jesus foi para a lata do lixo. Ele já não é Deus feito homem; é, quando muito, um iluminado, um outro Buda, outro Maomé, outro Confúcio… No entanto, nós católicos cremos que Ele é Deus feito homem e que esse homem está vivo no pão consagrado pelo sacerdote na Eucaristia. Sim, na hóstia santa há um homem vivo! 

Começamos, pois, dizendo não ao sacerdócio e à Missa. O segundo passo foi dizer não a Jesus. “Todas as religiões devem ser tratadas igualmente. É a condição para que não haja guerras e a humanidade finalmente viva em paz”. Ora, se todas as religiões são iguais, não há maior crime contra a “consciência” do que tentar convertê-la a outra religião.

Por isso, a partir da Revolução Francesa, o cristianismo passou a ser visto como uma doença: “Não podeis mais converter as almas só por achardes que a vossa religião é melhor do que as outras”. Mas se Jesus é Deus e as outras religiões não creem em Jesus, são todas falsas.

Primeiro, não ao sacerdócio e à Missa, quinhentos anos atrás; mais tarde, não a Jesus, duzentos anos atrás; depois, não a Deus, com a revolução comunista. Agora, crer em Deus é “alienação”. Não podemos mais falar dele. A sociedade é laica, logo os crucifixos têm de sair dos tribunais e demais espaços públicos, sob pena de “apologia”. 

Quem não crê não pode ser obrigado a viver num mundo permeado de fé. Nenhum monumento, nenhum símbolo devera ser imposto pelo “Estado laico”. Hoje, só podem manifestar suas convicções em público, sem ser perturbados, os ateus.

Se um ateu for à Câmara dos Deputados discursar contra Deus, ninguém dirá nada; mas se um cristão subir à tribuna para defender a Deus, virão os chiliques, virão os esperneios, virão os protestos:“O Estado é laico! O Estado é laico!”

Ora, o ateísmo é ele mesmo uma atitude religiosa; portanto, o Estado não é laico, é ateu e favorável a uma religião. Com efeito, quando reconhece uma única religião, o Estado que a defende é religioso, e a religião defendida pelo nosso Estado chama-se ateísmo. Se um professor falar de Deus em sala de aula, e a escola for pública, poderá perder o emprego; e se falar de ateísmo?… Pensemos em nossas universidades. Não preciso delongar-me.

Quinhentos anos atrás, não ao sacerdócio e à Missa: foi o protestantismo; duzentos anos atrás, não a Jesus: foi o indiferentismo religioso da Revolução Francesa; com o marxismo, cem anos atrás, não a Deus. Mas não paramos aí. O que vivemos agora é a quarta revolução: não ao homem.

Com a ideologia de gênero vamos nos transformando em mutantes; com o ecologismo radical, em “câncer” do planeta Terra. “Não ao homem!”, pois é o homem quem prejudica o planeta. Por isso há que controlar a população mundial, e a família natural, como Deus a criou, deve ser destruída. Promovamos então a “diversidade sexual”! Quanto menos nascimentos, melhor!… 

O homem vem se transformando em caricatura. Já nem o reconhecemos mais. Daí que a cultura de hoje seja a da mutilação. Nunca na história houve tantos suicídios de adolescentes. Nunca se viu tanto jovem deprimido, sem futuro, sem sonhos!…

“O que você quer ser quando crescer?”, perguntávamos às crianças antigamente. Hoje a pergunta é quase uma ofensa, um fardo, um incômodo. O resultado são marmanjos de quarenta anos que não sabem o que querem ser, porque não souberam crescer.

Eis aí, em resumo, a longa marcha da vaca para o brejo. Tudo começou quinhentos anos atrás negando-se que Deus está presente no altar graças às mãos ungidas de outro homem. Sim, ao fim e ao cabo, foram os sacramentos da Santa Igreja que, durante 1500 anos, mantiveram firme o eixo da civilização ocidental.

Queremos celebrar essa santa Missa do divino, santíssimo e eucarístico Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo porque de Deus feito homem brotou o dom do sacerdócio e da Eucaristia. Negue-se o sacerdócio e a Eucaristia, negue-se a fé na presença de Jesus no sacrário e no poder do sacerdote ordenado de trazer até nós o Deus vivo, e o mundo virá abaixo.

Começou-se com um não ao sacerdócio, o que parecia “inofensivo”; depois se disse não a Jesus, o que hoje soa “tolerante”; em seguida se disse não a Deus, o que já é insensato, e hoje se diz não ao homem, o que é loucura. E quando se nega o homem já é tarde demais… Perdemos o trem da história quando abandonamos a única religião verdadeira, a Santa Igreja Católica.

Rezemos, irmãos, rezemos pelos sacerdotes. Agradeço as orações que fazem por mim, mas quero ampliá-las e pedir que rezem por todos os sacerdotes, que rezem pelo sacerdócio católico, sem o qual o mundo, a história e a civilização não têm qualquer eixo.


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