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Por que alguns rejeitam os sinais de Deus?

“Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração.”

Texto do episódio
435

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 11, 29-32)

Naquele tempo, quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração,e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão. No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”.

No Evangelho de hoje, Jesus repreende sua geração e a chama de má e perversa, porque procura por um sinal — que é o próprio Cristo —, mas se recusa a ter fé.

Para entendermos melhor, basta olharmos, por exemplo, para a famosa parábola do pobre Lázaro e do rico epulão. Nela, o rico, já condenado ao Inferno, suplica ao pai Abraão: “Envia Lázaro para que os meus irmãos tenham um sinal porque, se alguém ressuscitar dos mortos, eles crerão” (Lc 16, 30). No entanto, Jesus conclui essa história de uma forma bem triste, reconhecendo que, mesmo se alguém ressuscitasse dos mortos, eles não iriam acreditar.

Isso que Nosso Senhor disse laconicamente tornou-se uma realidade até mesmo histórica. Por quê? Porque o Evangelho de São João lembra-nos que, de fato, houve um Lázaro que ressuscitou, e mesmo assim os fariseus não creram. Para piorar a situação, eles planejaram matar Lázaro para esconder o milagre no qual eles eram obrigados a crer. Tal era a maldade de seus corações! 

Ora, existem pessoas que gostariam de crer em Jesus, mas querem evidências e provas para isso. Contudo, se o coração estiver fechado, será impossível crer, mesmo que lhe sejam dados os sinais mais claros. Os fariseus são a prova concreta disso: Jesus cumpriu todas as profecias, realizou todos os sinais e, no entanto, eles o mataram. E isso aconteceu porque, quando se aceita Cristo em sua vida, é exigida uma mudança interior, e eles não quiseram mudar de vida.

O oposto aconteceu em Nínive, um lugar cheio de pagãos. Quando um profeta chamado Jonas atravessou a cidade — ainda que de má vontade — para converter as pessoas, milagrosamente elas o escutaram, porque ali havia corações bons e dispostos a aceitar o Senhor — embora o sinal de Jonas tenha sido “inadequado”, pois ele não desejava verdadeiramente a conversão do povo.

Agora, para a nossa geração, temos um outro sinal muito mais extraordinário e potente. Não se trata mais de um profeta de má vontade, mas do próprio Deus de misericórdia que se fez homem, viveu em nosso meio, morreu por nós na Cruz e ressuscitou dos mortos! Se não cremos nisso, o nosso coração é muito mau!

Então, o Evangelho de hoje nos ensina essa verdade dramática, simultaneamente triste e feliz: triste porque, se o nosso coração é perverso, nenhum milagre será capaz de tirá-lo de sua maldade; mas feliz porque, se realmente nos abrirmos ao amor, iremos crer e receber de Cristo a Boa-nova do Evangelho e a salvação.

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