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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Texto do episódio
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De todas as maneiras de se rezar o santo Rosário, a mais gloriosa a Deus, mais salutar a nossas almas e mais terrível ao diabo é rezá-lo ou cantá-lo publicamente, em dois corais.

Deus muito se agrada de que as pessoas se reúnam para orar. Todos os anjos e os bem-aventurados se unem para louvá-lo incessantemente. Os justos na terra, reunidos em várias comunidades, oram em comum, dia e noite. Nosso Senhor expressamente recomendou esta prática aos seus Apóstolos e discípulos, e lhes prometeu que havendo dois ou três reunidos em seu nome lá estaria Ele, no seu meio (cf. Mt 18, 20).

Que coisa maravilhosa é ter Jesus Cristo em nosso meio! E tudo o que precisamos fazer a fim de tê-lo conosco é nos ajuntarmos para rezar o Rosário. Eis por que os primeiros cristãos se reuniam tão frequentemente para rezarem juntos, a despeito da perseguição dos imperadores, que os haviam proibido de fazê-lo. Preferiam arriscar a vida a perder suas reuniões, nas quais Nosso Senhor estava presente. 

A referida maneira de orar é, para nós, utilíssima: 

  • porque nossas mentes estão, no geral, mais alertas durante a oração pública do que quando oramos sozinhos; 
  • quando oramos em conjunto a oração de cada um pertence a todo o grupo e faz com que todas sejam uma só oração, de modo que, se alguém não está orando bem, alguma outra pessoa na reunião, que está orando melhor, lhe compensa a deficiência. Do mesmo modo, os que são fortes suportam os fracos, os fervorosos inspiram os mornos, os ricos enriquecem os pobres, os maus se mesclam aos bons. Como se pode vender uma medida de joio? É muito fácil: basta misturar-lhe quatro ou cinco punhados no bom trigo; 
  • o que reza o seu rosário sozinho ganha apenas o mérito de um rosário; mas se o reza com trinta outras pessoas, ganha o mérito de trinta rosários. Esta é a lei da oração pública. Quão lucrativa, quão vantajosa! [...];
  • a oração pública é mais poderosa do que a oração privada para aplacar a ira de Deus e pedir sua misericórdia, e a Igreja, guiada pelo Espírito Santo, sempre a advogou em tempos de desastre e calamidade geral [1].

§ 1. Concede-se indulgência plenária ao fiel que:

1.º Recitar piedosamente o Rosário de Maria na igreja ou oratório em família, na comunidade religiosa ou associação de fiéis, e em geral quando várias pessoas se reúnem para algum fim honesto; 

2.º Unir-se piedosamente na recitação da mesma oração ao Sumo Pontífice, quando este a reza, inclusive através da televisão ou rádio. 

Em outras circunstâncias, a indulgência será parcial

O Rosário é uma fórmula de oração em que distinguimos vinte dezenas de saudações angélicas, separadas pela oração dominical e em cada uma recordamos em piedosa meditação os mistérios da nossa redenção.

Para a indulgência plenária anexa à recitação do Rosário determina-se o seguinte: 

  1. É suficiente a reza, sem interrupção, de cinco dezenas. 
  2. Piedosa meditação dos mistérios deve acompanhar a oração vocal. 
  3. Na recitação pública, devem-se anunciar os mistérios, conforme o costume aprovado no lugar; na recitação privada, basta que o fiel una a meditação dos mistérios à oração vocal [2].

Referências

  1. São Luís Maria Grignion de Montfort. O segredo admirável do Santíssimo Rosário (46.ª Rosa). Dois Irmãos: Minha Biblioteca Católica, 2019, pp. 233ss.
  2. Indulgências: orientações litúrgico-pastorais (Enchiridion Indulgentiarum, conc. 17, § 1). São Paulo: Paulus, 2005, p. 56.

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