Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 18, 15-20)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão. Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um pecador público. Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. De novo, eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isto vos será concedido por meu Pai que está nos céus. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estou ali, no meio deles".
Celebramos hoje, com muita alegria, a memória do “Anjo bom da Bahia”: a Irmã Dulce, que fora batizada com o nome de Maria Rita Pontes. Muitos conhecem a vida de caridade desta santa, mas poucos se dão conta de que toda a sua caridade extraordinária para com os pobres era movida por um único amor: o Único Necessário, Jesus Cristo.
A pequena Maria Rita nasceu em uma família de classe abastada — seu pai era especialista em próteses —, e ela cresceu de uma forma um tanto sapeca: saía com seus irmãos para subir nas árvores, jogava bola e frequentava o estádio de futebol com seu pai aos domingos. Contudo, com a morte da sua mãe, suas tias começaram a educá-la, chegando ao ponto de uma delas dizer a Rita que ela não deveria mais ir ao estádio de futebol, pois era uma menina e precisava ser mais responsável. Então, aos domingos, ela ia com sua tia para o Convento das Clarissas, e ali começou a desenvolver aquilo que tornou-se a sua nota característica: o amor pelos pobres. Rita começou a acolhê-los inclusive em sua própria casa, de modo que seu pai, Dr. Augusto, um dia chegou a lhe dizer: “Minha filha, lembre-se que a porta da nossa casa não é a porta do Convento de São Francisco”.
Já crescida, Maria Rita se formou como professora, e logo depois partiu para se consagrar a Deus, entrando na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Essa congregação, que na época era recente, tinha também em si um espírito franciscano, porque o seu fundador foi exatamente um franciscano missionário, que veio ao Brasil. Deixando, assim, sua família com grande sacrifício, Maria Rita finalmente deu o passo de se entregar a Deus e tornou-se, no dia 13 de agosto de 1933, a Irmã Dulce — adotando o nome de sua falecida mãe. Ela, vestida de noiva e com lâmpadas acesas nas mãos como as virgens prudentes do Evangelho, entrou na Igreja junto de suas companheiras e entregou-se a Nosso Senhor pela salvação das almas.
Assim, Irmã Dulce levou uma vida heróica de entrega a Deus e aos pobres. Mas é importante ressaltar que, no período de formação em que ela estava no noviciado, ela não podia fazer isso. Dulce até mesmo chegou a pedir para a Madre formadora se ela poderia auxiliar os pobres ou dar aula para as crianças, mas a sábia mulher lhe respondeu que existia uma outra maneira concreta de ajudar aquelas pessoas: com a oração.
Aprendida essa lição, Irmã Dulce não cansou de repetir a vida inteira, para todos, que “a oração é o alimento da alma”. Essa foi uma das frases mais emblemáticas da Irmã Dulce. Que esta santa mulher, portanto, interceda por nós e nos ajude a termos a caridade e o amor sobrenatural que ela teve pelos que mais necessitam de auxílio, de tal forma que possamos afirmar: “Eu sou apenas um instrumento, porque quem faz as boas obras é Aquele para quem eu rezo, a quem eu amo e a quem eu me entreguei”.




























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