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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 5, 33-37)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não jurarás falso, mas cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor’. Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o suporte onde apóia os seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei. Não jures tampouco pela tua cabeça, porque tu não podes tornar branco ou preto um só fio de cabelo. Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno”.

Celebramos hoje, com grande alegria, a memória de Santo Antônio de Lisboa. Ele, também conhecido pelo seu nome de Batismo, Fernando de Bulhões, nasceu na cidade de Lisboa e entrou para a vocação sacerdotal. Quando se tornou sacerdote, fez parte de uma congregação agostiniana, dos Cônegos da Santa Cruz, e foi morar em Coimbra.

Então, passaram nessa cidade alguns franciscanos indo em direção a Marrocos para converter os muçulmanos. Entretanto, eles não voltaram vivos, pois haviam derramado seu sangue por amor a Cristo, e só retornaram seus corpos e relíquias. Fernando, ao ver isso, teve muito mais do que simplesmente uma experiência de piedade ou de devoção; ele teve uma identificação com Cristo. A partir desse momento, a graça que nos une a Cristo tomou conta dele, de tal forma que ele podia repetir as palavras de São Paulo: “Vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). 

Fernando de Bulhões, então, deixou os agostinianos e entrou para os franciscanos,  partindo para Marrocos a fim de evangelizar. Contudo, a Providência Divina não quis que ele morresse mártir, pois tinha outros caminhos para esse santo, agora chamado de Frei Antônio. Assim, quando chegou em Marrocos, ele adoeceu gravemente e, por isso, decidiu voltar para Portugal. Novamente, Deus interveio e, durante a viagem, uma tempestade desviou o navio, que foi parar na Sicília. Dali, ele foi até Assis e encontrou-se com São Francisco, que enxergou em Frei Antônio uma grande capacidade de ser instrumento de Deus para a transmissão da Palavra. Seu domínio da Sagrada Escritura era tamanho que ele recebeu o epíteto de “Arca da Aliança”. Quando ele pregava, conduzia as pessoas numa verdadeira meditação das Escrituras, iluminando e alimentando a alma de muitos, tirando os hereges dos seus erros, os ignorantes das suas trevas e os tíbios da sua falta de devoção. 

Assim, lutando contra os maus e pregando o Evangelho, o grande Antônio acabou entregando sua belíssima alma a Deus ainda jovem, tomado por doenças e alquebrado pelo peso de seus trabalhos.

Peçamos, pois, a intercessão deste santo extraordinário, totalmente configurado a Cristo, a fim de que recebamos a graça de podermos, assim como ele, arder em caridade por Nosso Senhor, dizendo: “Vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim”.

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