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Um dos grandes filhos da Imaculada

Mártir da caridade e da família, São Maximiliano Maria Kolbe é prova de que, pela intercessão da toda pura Mãe de Deus, é possível viver com a pureza dos anjos, guardando, até o fim, o tesouro da fé e da fidelidade a Jesus Cristo.

Texto do episódio
436

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 18, 21-19,1)

Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: "Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?" Jesus respondeu: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caíu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: 'Dá-me um prazo! E eu te pagarei tudo'. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Paga o que me deves'. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: 'Dá-me um prazo! E eu te pagarei'. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: 'Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?' O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão". Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o território da Judeia além do Jordão.

Com grande alegria, celebramos hoje a Memória de São Maximiliano Maria Kolbe, mártir e um dos grandes filhos da Virgem Imaculada, que foi para ele o luzeiro que guiou a sua vida e o seu apostolado. 

É interessante notarmos que, desde a mais tenra infância, Maximiliano foi realmente escolhido por Deus. Um dia, a própria Virgem Maria apareceu ao futuro frei e mostrou-lhe duas belíssimas coroas, uma branca e outra vermelha, que representavam a virgindade e o martírio. Então, ela perguntou: “Qual das duas você escolhe?”, e ele respondeu que desejava ambas. 

É exatamente nessa cena que percebemos as notas características de São Maximiliano: a sua intimidade com a Virgem Maria, a sua íntegra pureza e o seu corajoso martírio. Realmente, foi predestinação de Deus que Maximiliano fosse tão configurado ao Coração Imaculado de Maria, preservando assim sua castidade e, ao mesmo tempo, suportando muitos sacrifícios, pois Nossa Senhora tem também um coração cheio de dor, tendo sofrido aos pés da Cruz. Vemos até, em várias pinturas, que o Coração de Maria apresenta uma característica de dor, seja por uma espada transpassada, seja por uma coroa de espinhos, como nas aparições de Fátima. 

Podemos pensar que, ao nos dedicarmos a Deus e à vida de oração e recolhimento, não sofreremos com as dores do dia a dia, tendo assim que escolher entre a pureza ou o sofrimento. Contudo, trata-se do contrário: quem escolhe seguir Jesus, terá o seu coração configurado ao dele na pureza de uma entrega total e, consequentemente, na dor, por estarmos num mundo cheio de pecado. 

Ora, quando escolhemos os prazeres mundanos que nos atraem, de alguma forma nos dividimos e ficamos feito uma biruta, indo de um lado para o outro sem rumo. Contudo, se nos entregamos somente a Jesus, nós nos tornamos aquilo que o Evangelho de São Mateus nos diz: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5, 8). Então, com um coração totalmente voltado para Cristo, ele se moldará de tal forma que sofreremos como Ele por amor aos nossos irmãos e pela salvação dos pecadores, que precisam de alguém que lhes indique o caminho do Céu. 

Frei Maximiliano, morrendo de fome no campo de concentração dos nazistas, dedicou-se a todos os irmãos que ali estavam até o fim, ouvindo suas confissões, consolando-os, abrindo a porta do Céu para aqueles que iam morrendo e, desse modo, uniu as duas coroas, a branca e a vermelha, como Deus quer que unamos também nós. 

Que este santo e nobre homem interceda por nós lá do Céu e ajude-nos a transformarmos nosso coração em um plenamente configurado a Deus, disposto a abandonar os prazeres deste mundo e sofrer para alcançar, um dia, a Bem-aventurança eterna.

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