A educação cristã, como vimos nas aulas passadas, tinha a missão de conduzir às pessoas ao limite da perfectibilidade. Tratava-se de um ideal altíssimo porque exigia do aluno uma formação permanente, uma vida regrada pelas virtudes heróicas, a fim de que ele se tornasse um sábio ou, na linguagem espiritual, um santo. Isso durou mais ou menos até o século de XVII, quando uma série de vicissitudes levou a Igreja a mudar seu método pedagógico. Da busca da santidade, então, a educação passou a dedicar-se à formação de bons cidadãos. A qualidade do ensino, obviamente, caiu. E caiu até chegarmos à lamentável terceira etapa, por assim dizer, que é a que vivemos hoje: a da excelência profissional.
No mundo antigo, uma pessoa rica não era necessariamente uma pessoa poderosa. A força bélica é que contava. Se uma pessoa fosse muito rica e quisesse se opor ao império, ela simplesmente era morta. Isso apenas mudou após o advento da moral cristã, que defende a dignidade da vida humana.
A princípio, a ascensão do poder financeiro começou a surgir nos chamados Países Baixos, como a Holanda. Com a subida do holandês Guilherme de Orange ao trono inglês, a burguesia tornou-se mais...