Por que o homem moderno não se sente mais impelido pelo amor de Cristo a dirigir seu olhar para o Céu? Por que a notícia do Evangelho já não toca os corações nem os comove a buscar uma vida reta e conforme o modelo cristão? Ao contrário, não parece cada vez mais que a humanidade se distancia da graça sobrenatural, para, assim, proclamar uma suposta independência da religião? Seria este mundo contemporâneo a concretização do que proclamara Nietzsche anos atrás: "Deus está morto"?
Como "a Igreja conseguirá que os homens, as famílias e os povos voltem realmente a alma para as coisas celestiais" é algo que foi exaustivamente refletido já no pontificado de Pio XII e, sobretudo, no Concílio Vaticano II [1]. De fato, como ficou claro nos próprios documentos conciliares, esse problema ainda é candente e de complexa análise, porque não se trata de uma coisa que começou há poucos anos: o desmonte da educação cristã começou com um pequeno erro lá no tempo da fundação das universidades, com a invenção do diploma. E como ensina Santo Tomás de Aquino, quia parvus error in principio magnus est in fine — um pequeno erro no princípio acaba por tornar-se grande no fim [2]. Já conhecemos...