Nas últimas aulas, estudamos a parte central da liturgia romana, que é o Cânon, ou Oração Eucarística I — segundo a reforma decorrente do Concílio Vaticano II. Trata-se, como vimos, da única oração eucarística que o rito romano preservou e utilizou por séculos e séculos. E é importante lembrar deste fato porque é justamente isso, essa exclusividade e durabilidade, o que justifica o nome de Cânon. Era o Cânon exatamente a norma, a oração normativa.
Dando prosseguimento, vamos agora falar de uma outra fase do já tantas vezes mencionado desenvolvimento orgânico da liturgia. Podemos dizer que o rito latino atravessou três grandes períodos ou fases fundamentais: o período de formação; a construção da identidade; e o embelezamento.
Já tratamos largamente dos dois primeiros: vimos como o rito foi sendo conformado com base em tradições judaicas, atos e palavras do próprio Cristo e tradições apostólicas; depois analisamos o processo de latinização e o estabelecimento das balizas daquilo que entendemos por rito romano, processo que culminou no pontificado de São Gregório Magno, responsável por fixar o núcleo litúrgico daquilo que podemos chamar a Missa...