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Homilia Dominical
27 Mai 2016 - 25:53

O centurião que acreditava em Jesus de Nazaré

Naquele tempo, havia em Cafarnaum um oficial romano, que tinha um empregado doente, à beira da morte. Quando ouviu falar de Jesus, esse homem pagão correu à Sua procura, movido por uma grande fé e humildade.
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Homilia Dominical - 27 Mai 2016 - 25:53

O centurião que acreditava em Jesus de Nazaré

Naquele tempo, havia em Cafarnaum um oficial romano, que tinha um empregado doente, à beira da morte. Quando ouviu falar de Jesus, esse homem pagão correu à Sua procura, movido por uma grande fé e humildade.
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 7, 1-10)

Naquele tempo, quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum.

Havia lá um oficial romano, que tinha um empregado a quem estimava muito e que estava doente, à beira da morte. O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado.

Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: "O oficial merece que lhe faças esse favor, porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga".

Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: "Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: 'Vai!', ele vai; e a outro: 'Vem!', ele vem; e ao meu empregado: 'Faze isto!', ele o faz'".

Ouvindo isto, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: "Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé". Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.

*

O episódio narrado pelo Evangelho deste domingo é a cura do servo de um centurião romano: um homem pagão, ligado à religião judaica por laços de mera estima e beneficência, como dizem os anciãos do judeus a Jesus: "O oficial merece que lhe faças esse favor, porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga" (v. 4-5). Essa passagem mostra, portanto, o caráter universal da mensagem e da obra de Jesus de Nazaré: Ele veio, em primeiro lugar, para "as ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 15, 24), mas não só para elas; depois da revelação divina dada aos judeus, é a hora de a salvação alargar-se ao mundo inteiro, a todos os povos e nações (cf. Mt 28, 19).

Posto isso, olhemos para as virtudes deste oficial romano, que fazem o próprio Senhor louvá-lo, dizendo: "Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé" (v. 9).

  1. Primeiro, diz o Evangelho, aquele centurião "tinha um empregado a quem estimava muito" (v. 2) e, ouvindo falar de Jesus, pediu a intercessão de alguns anciãos dos judeus, para que Ele "viesse salvar seu empregado" (v. 3). Em uma sociedade como a de Roma, em que o pater familias detinha poder de vida e de morte sobre os seus escravos, considerados mera propriedade de seu senhor, que um homem "estimasse" e, além disso, agisse efetivamente para "salvar" o seu escravo, já demonstrava um nível superior de amor, muito próximo daquele que Cristo manifestou no Sermão da Montanha, quando substituiu a lei de talião pela obrigação de amar os próprios inimigos. Havia naquele homem, portanto, um substrato de virtudes humanas bem estabelecidas.
  2. Depois, o Evangelho deixa entrever a fé sobrenatural daquele oficial, quando este declara a Jesus: "Ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado" (v. 7). Com isso, o centurião romano demonstra acreditar na autoridade divina de Jesus de Nazaré. Ele não recorreria, de fato, àquele homem de carne e osso, se não cresse, ainda que de modo simples, na Sua divindade. Também para nós, esta é uma condição imprescindível da oração, já que não se pede algo a quem não se acredita que no-lo possa conceder.
  3. Fica patente, por fim, em toda a narrativa deste Evangelho, a grande humildade desse oficial romano, que não ousa aparecer diante de Cristo por achar-se indigno de ir pessoalmente ao seu encontro (v. 7). Também esta virtude é necessária para a nossa vida interior, porquanto a humildade nada mais é que "andar na verdade" da nossa miséria (Moradas, VI, 10, 7) e, quanto mais nos aprofundamos em Deus, maior a consciência dessa miséria que somos.

Os autores espirituais são unânimes em falar da humildade e da como as grandes bases do edifício que é a vida espiritual: a primeira sendo a sua parte negativa, pela qual cavamos o buraco e reconhecemos aquilo que somos, e a segunda sendo a sua parte positiva, pela qual edificamos uma base para o nosso crescimento na vida em Deus.

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