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A cruz salvadora que nos une a Cristo

A cruz não é um “acidente de percurso” nem algo “inusitado” na vida do cristão: é, pelo contrário, o ponto central da nossa vocação, o meio ordinário pelo qual Deus quer configurar-nos a Cristo e preparar para a glória da Ressurreição.

Texto do episódio
437

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 11, 28-30)

Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

Celebramos hoje, com grande alegria, o Bem-aventurado Inácio de Azevedo e seus companheiros mártires. Nenhum deles nasceu no Brasil, mas eles morreram tentando evangelizar o nosso país e, com o seu sangue, fecundaram a evangelização de nossa terra. Se hoje nós cremos, devemos ao grande sacrifício e a entrada desses grandes santos no Céu. 

O martírio do Bem-aventurado Inácio de Azevedo e dos seus companheiros foi visto e relatado por Santa Teresa d’Ávila em seu famoso Livro da Vida. Nele, a santa carmelita conta que acompanhou o momento em que esse grupo de missionários, numa emboscada de piratas protestantes calvinistas, foi martirizado no meio do Oceano Atlântico, apenas por serem católicos que queriam evangelizar nossa terra, e entraram no Paraíso, recebidos por Jesus e pela Virgem Maria. 

O martírio do Bem-aventurado Inácio Azevedo e dos seus companheiros pode nos induzir ao pensamento de que eles tinham um projeto de vida grandioso pela frente, mas, de repente, tudo foi perdido com aquele martírio, aquela cruz que os “atrapalhou”. Contudo, na realidade, é exatamente o inverso: esses santos não sabiam disso, mas a vontade de Deus foi de que eles viessem a este mundo para o momento do martírio. 

É evidente que o Senhor não queria que o crime dos piratas calvinistas acontecesse, mas Ele desejou a entrega de amor, assim como aconteceu com Cristo. Ora, o Menino Jesus veio a este mundo em Belém para morrer por todos nós, a fim de ganharmos a salvação. Portanto, a sua Cruz não chegou para atrapalhar, pois ela foi a finalidade da vida de Nosso Senhor. 

Logo, se a nossa vocação é nos unirmos a Cristo, existe para cada um de nós uma cruz. Ela pode se manifestar aos poucos, como uma injustiça, uma dificuldade de saúde, um fracasso profissional, mas foi para isto que nós viemos: para que, por meio de uma cruz salvadora, digamos como São Paulo: “Vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20).

Para o Bem-aventurado Inácio, a cruz salvadora foi o martírio no meio do Atlântico; para outra pessoa, será uma doença; para outra, ainda, um problema familiar; mas não nos esqueçamos: não existe na vida uma cruz que nos atrapalha, porque a própria vida traz em si uma cruz que se manifesta para que possamos nos unir a Cristo e, configurados a Ele, dizer: “Eis que eu venho fazer a vossa vontade, Senhor”.

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RC
Robson Cola
18 Jul 2025

Até na mais gigantesca tragédia, devemos nos unir profundamente com Nosso Senhor Jesus Cristo! 

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PS
Paola Santos
18 Jul 2025

Já não sou eu quem vivo, é CRISTO que vive em mim🙌🥹🙏🏼

Amém 🙏🏼 

Responder
LP
Luciani Piva
17 Jul 2025

Glória a vós Senhor!

Responder
ÁL
Álerson Lima
17 Jul 2025

Amém!

Responder
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Comentários dos alunos