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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 5, 17-19)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus”.

O Evangelho de hoje é a continuação da leitura que estamos fazendo do Sermão da Montanha, onde Jesus diz: “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento”. 

Nessa realidade de pegarmos as profecias do Antigo Testamento e trazê-las à pleno cumprimento, podemos meditar sobre o grande mistério da Eucaristia. Quantas realidades do Antigo Testamento prefiguravam a Eucaristia! Apesar de tudo só se tornar mais claro após a vinda de Jesus, é importante sabermos como, no projeto de Deus, a Eucaristia foi preparada e acalentada a fim de que nosso coração pudesse recebê-la. 

A Eucaristia estava presente no Antigo Testamento, por exemplo, no sacrifício de Abel, que ao oferecer seu rebanho a Deus, foi vítima injusta e inocente da inveja de seu irmão. Ali estava o sacrifício de Cristo na Cruz.

A Eucaristia estava presente quando Abraão, mantendo acesa a chama da fé, iria oferecer seu único filho, Isaac, por amor e obediência a Deus, prefigurando assim o sacrifício do Calvário.

A Eucaristia estava presente quando Melquisedeque, em vez do habitual sacrifício de animais, ofereceu a Abraão pão e vinho, uma oferta inusitada na época. Ora, o que mais levaria esse sacerdote a oferecer tais alimentos a não ser a inspiração divina de Nosso Senhor, que um dia iria realizar a oblação do pão e do vinho?

A Eucaristia estava presente quando Deus tirou do Egito o povo de Israel, pois o cordeiro imolado, com cujo sangue foram tingidas as portas dos fiéis, era uma prefiguração do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, sacrificado para nos tirar da escravidão de Satanás.

A Eucaristia estava presente naquele pão ázimo que Deus fez os israelitas amassarem, às pressas, como um pão de caminheiros, que, por não ter fermento, podia ser levado na sacola, cozido às pressas e guardado por mais tempo. A Eucaristia estava presente quando esse mesmo povo de Israel, no meio do deserto, pediu comida e Deus lhes deu o pão do Céu.

 A Eucaristia estava presente em todas estas realidades antigas e proféticas, e por isso Jesus, enxergando toda essa história da longa e maravilhosa preparação de Deus, disse: “Eu não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento”. Quando Jesus instituiu a Eucaristia no Cenáculo, naquela santíssima noite com os seus Apóstolos, Ele estava realizando um desejo do Coração de Deus, um desejo do seu Coração Eucarístico. Não é por acaso que exatamente após a Oitava da Festa do Corpo de Cristo a Igreja celebra o Sagrado Coração de Jesus, pois este, de acordo com as revelações de Santa Margarida Maria Alacoque, está intimamente ligado à presença de Cristo na Eucaristia. Portanto, meditemos hoje, com muita devoção, sobre as prefigurações da Eucaristia, que são causa de grande felicidade para nós.

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