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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 3, 13-19)

Naquele tempo, Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, com autoridade para expulsar os demônios. Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “Filhos do trovão”; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.

Com grande alegria, celebramos hoje a Memória de São Francisco de Sales, Bispo e Doutor, e o Evangelho nos fala da escolha dos Apóstolos, quando Jesus chamou os Doze e designou aqueles que Ele quis. 

São Francisco de Sales é uma dessas vocações prodigiosas de Deus. Ele tinha tudo para ser um grande advogado, pois estudava muito e fez carreira. No entanto, o chamado de Deus lhe falou mais fundo ao coração. 

Em certo momento, São Francisco ficou em dúvida se, de fato, Deus o estava chamando para ser padre, e então aconteceu um evento extraordinário. Ele, montado em seu cavalo, caiu três vezes, e todas as vezes a espada e a bainha caíram no chão em forma de Cruz. Ele viu nisso um sinal extraordinário de vocação divina, e por isso decidiu seguir o sacerdócio, sendo missionário nos lugares mais difíceis — numa região entre a França e a Suíça, onde o protestantismo calvinista estava levando milhares de pessoas à perdição. 

Francisco de Sales encontrou ali uma grande dificuldade, mas não desistiu . Começou a usar métodos que, atualmente, seriam precursores da evangelização através das redes sociais: distribuiu folhetos e panfletos para evangelizar, colocando neles respostas apologéticas às dúvidas que eram semeadas pelos calvinistas.

Calvino havia ensinado seus “evangelizadores” a encher os católicos de perguntas, técnica que, infelizmente, é usada ainda hoje. Ou seja, o protestante faz uma pergunta e, quando o católico começa a responder, ele já faz uma segunda pergunta, depois uma terceira, uma quarta e, de repente, há seis perguntas sem nenhuma resposta, o que cria no interlocutor católico a sensação de não poder responder.

Francisco de Sales, sabendo da força da Verdade e que ele precisava dar respostas objetivas, calmas e sinceras para aquelas almas, começou a colocar debaixo das portas seus panfletos, correndo assim grande risco de vida. Depois, a Santa Sé o escolheu para ser bispo daquela região, e ele, de modo exemplar, continuou pregando o Evangelho, além de aceitar debates, enfrentar adversários em conflitos teológicos e mostrar como deve agir um bispo católico diante da reforma protestante. 

São Francisco de Sales também sabia que não havia uma melhor maneira de enfrentar a grande tormenta pela qual a Igreja estava passando do que a santidade, e começou a ensiná-la não somente às suas monjas visitandinas, mas também aos nobres da corte, aos pobres, aos operários e a todos que encontrava, convidando-os a uma vida devota, uma vida de intimidade com Deus. 

Que São Francisco de Sales, de lá no Céu, continue o seu episcopado sobre nós, intercedendo pelos pecadores que somos, e verdadeiramente nos convença de que é necessário trilhar o caminho da santidade. Ele, que ensinou a tantos a engenharia da santidade, ensine-a também a nós, dando-nos, mais do que conhecimento, a graça e a firmeza para sermos os santos que o Senhor quer que sejamos.

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