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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Texto do episódio
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O que não podemos comer nos dias em que a Igreja preceitua que nos abstenhamos de carne? A resposta é simples e direta: nos dias de abstinência, que são todas as sextas-feiras do ano, além da Quarta-feira de Cinzas e da Sexta-feira Santa (nas quais temos de guardar também o jejum), devemos abster-nos de carne animal, tanto bovina e suína quanto de aves, com exceção da carne de peixe e dos frutos do mar.

Trata-se de um preceito eclesiástico, e não de uma lei divina, e apesar de obrigar gravemente, não é um mandamento promulgado de forma direta por Nosso Senhor. O que, sim, é de lei divina é a nossa obrigação, como católicos conscientes, de fazer penitência (cf. CDC, cân. 1249). Entretanto, Cristo deixou à Igreja a liberdade de determinar, segundo as circunstâncias e necessidades de cada tempo, os meios concretos de os batizados porem em prática o espírito de mortificação que nos deve animar a todos.

E a Igreja, ao definir canonicamente sua disciplina penitencial, preferiu excluir do conceito “carne” tanto a carne de peixe quanto os frutos do mar, não por fazer uma distinção entre “carne vermelha” e “carne branca”, nem por algum motivo simbólico ou de ordem teológica, mas por uma questão eminentemente prática: ao contrário da carne de boi ou de porco, a de peixe é de mais fácil digestão e causa menor impressão de saciedade; por isso, é um alimento mais adequado para aqueles dias em que, de modo especial, somos chamados a unir-nos às dores de Nosso Senhor.

Vale lembrar ainda que, desde 1983, com a promulgação do atual Código de Direito Canônico, estão obrigados a guardar nos dias prescritos a devida abstinência de carne todos os fiéis que já completaram os 14 anos de idade (cf. CDC, cân. 1252), embora a Igreja recomende vivamente aos pais que desde cedo inspirem aos filhos o espírito de penitência e os eduquem, logo nos primeiros anos, a ver na escolha de uma alimentação mais pobre e simples, feita regularmente e em família, uma maneira de corresponder ao amor daquele que tanto nos amou.

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