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Duas lições do Padre Pio para os sacerdotes

Deus concedeu ao Padre Pio a graça singular de participar profundamente da Paixão de seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de lembrar a toda a Igreja o que realmente significa ser sacerdote: oferente e vítima, celebrante e hóstia.

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 8, 19-21)

Naquele tempo, a mãe e os irmãos de Jesus aproximaram-se, mas não podiam chegar perto dele, por causa da multidão. Então anunciaram a Jesus: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem te ver”. Jesus respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática”.

Celebramos hoje, com grande alegria, a Memória de São Pio de Pietrelcina, Presbítero. Seu nome de batismo é Francisco Forgione, mas ele é conhecido mundialmente como Padre Pio, um homem que recebeu de Deus a graça extraordinária de ser o único sacerdote da história da Igreja Católica a ter impresso em seu próprio corpo os estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Essa realidade, quanto mais meditada, mais admirável se revela. Ora, receber os estigmas deveria ser uma graça própria de sacerdotes, pois são eles que têm as mãos ungidas, configuram-se a Cristo e oferecem o santo sacrifício da Missa. No entanto, ao longo da história da Igreja, somente leigos foram estigmatizados, com exceção do Padre Pio, o qual recebeu as chagas em pleno século XX, às vésperas da maior crise de identidade do sacerdócio, para recordar aos católicos o que é verdadeiramente um sacerdote.  

A oração coleta que a Igreja aprovou para a Memória de São Padre Pio recorda que Deus, por uma graça singular, deu a este santo a oportunidade de participar da Paixão de Cristo, de modo que ele conseguiu exercer o seu ministério sacerdotal de forma extraordinária. 

A vida do Padre Pio mostra duas realidades que os padres precisam reaprender: um verdadeiro sacerdote católico é vítima, participante da Paixão de Cristo; e, além de oferecer o sacrifício de Cristo no altar, ele precisa sentar-se generosa e longamente no santo tribunal da misericórdia divina: o confessionário. 

Como diz o Evangelho de São Lucas, “ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha” (Lc 8, 16). Durante a vida do Padre Pio, a sua lâmpada, acendida por Deus, ficou por certos momentos escondida debaixo da vasilha quando ele não podia exercer o seu ministério, aparecer em público, pregar e confessar. Entretanto, apesar desse período “escondido”, Padre Pio foi colocado sobre o candelabro para iluminar toda a sala; para iluminar a Igreja com a sua vida, sendo um farol para todos os sacerdotes do século XXI. 

Padre Pio é a encarnação da verdade do sacerdócio católico. Os padres não são somente aqueles que oferecem o sacrifício de Cristo e o renovam no altar, mas também são vítimas que devem, através do oferecimento de amor a Deus, resgatar muitas almas. Padre Pio lutava com Satanás constantemente, porque sabia que as almas podiam se salvar dessa forma; afinal, “Non fit remissio sine effusione sanguinis”, “não se faz a redenção sem o derramamento de sangue”.

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