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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 15, 12-17)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos.

Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.

Comentamos ontem a primeira aparição de Nossa Senhora, ocorrida no dia 13 de maio, quando a Virgem fez aos meninos uma proposta que se poderia resumir assim: “Quereis ser santos?” Que é a santidade? Ser santo é amar Deus com o amor de Deus. Sim, Deus quer-nos dar o amor com que Ele mesmo quer ser amado. Por isso Nossa Senhora pergunta aos meninos: “Quereis oferecer-vos a Deus?” Oferecer é amar. Deus ofereceu-se a nós, morrendo por nós na cruz. E nós? Não iremos amá-lo de volta? Acontece que amar a Deus parece uma missão impossível, e no entanto não o é. É importante recordar o seguinte: S. Francisco e S. Jacinta Marto foram canonizados, não por terem visto Nossa Senhora, mas pelo grande amor com que corresponderam à graça de Deus. Eles são os santos não mártires mais jovens da história da Igreja. Sim, há santos mais jovens, mas foram mártires. É diferente. Aqui, temos duas crianças que não foram martirizadas, mas viveram uma virtude, um amor tão especial, tão sublime, tão divino, que a Igreja reconhece neles um grau de santidade extraordinário. Essa é a proposta de Nossa Senhora desde o início: “Quereis oferecer-vos a Deus?”, isto é, “Quereis amar a Deus de volta? Quereis amá-lo com aquele amor sublime com que Ele quer que o ameis?” Nossa Senhora, já na primeira aparição, abre os braços, e os meninos recebem a graça divina. A cena repete-se na segunda aparição. Nela, Maria diz que Jacinta e Francisco irão morrer logo, enquanto Lúcia ficará na terra para propagar a devoção ao Imaculado Coração. Nossa Senhora então abre os braços e mais uma vez a luz divina cai sobre eles. No entanto, a luz que cai sobre Francisco e Jacinta se dirige ao céu, enquanto a luz que cai sobre Lúcia se dirige à terra, simbolizando que ela deveria ficar aqui ainda algum tempo. No começo de tudo, está sempre a graça de Deus. Nós não somos pelagianos. A heresia pelagiana, como se sabe, diz que o ser humano pode amar a Deus sem necessidade da graça divina. Teríamos em nós mesmos força para amar a Deus de volta. Não. Nós católicos cremos que Deus quer, sim, o nosso amor e a nossa santidade, mas é Ele mesmo quem nos dá a graça para isso. Nossa Senhora vem do céu exatamente para transmitir essa graça. Ela abre os braços, e a luz cai sobre os pastorinhos. Lúcia a interpreta, dizendo assim: “Então, nós nos vimos nessa luz, que é o próprio Deus”. A luz que vem de Nossa Senhora, do Imaculado Coração de Maria, nada mais é do que um reflexo do amor de Deus. Maria quis refletir sobre aquelas crianças o amor divino. Francisco e Jacinta são santos canonizados. Lúcia também está em processo de beatificação e, provavelmente, também ela é uma grande santa e será canonizada um dia. Mas e nós? Como nós seremos santos? Afinal, temos todos muito egoísmo dentro de nós. A primeira coisa é ter fé, enxergar o amor de Deus por nós. Os pastorinhos de Fátima, vendo a luz de Nossa Senhora, tiveram uma experiência do amor de Deus, por isso eles saíram de lá extasiados. Até o pequeno Francisco, que nada ouvia — ele só via Nossa Senhora, mas não ouvia as explicações —, saiu de lá enamorado, apaixonado pela beleza da Virgem SS. Jacinta, pequenina que era, com só sete anos de idade, não conseguia conter-se. Lúcia fez os dois prometerem silêncio: não deveriam contar nada a ninguém. Mas Jacinta estava tão entusiasmada — tão bela era Nossa Senhora, isto é, o amor de Deus nela refletido —, que a menina não podia conter-se, e falava, falava, falava daquela beleza: “Ah, como Nossa Senhora é bela”. Como o amor de Deus nos move! O que Nossa Senhora fez os pastorinhos experimentarem é a mesma verdade expressa por S. Paulo: Caritas Christi urget nos, “O amor de Cristo nos impele”, o amor de Cristo, refletido no amor de Maria, nos urge! Quando Lúcia perguntou na primeira aparição se os três iriam para o céu, Nossa Senhora disse que sim: Lúcia ia para o céu, Jacinta também, mas, quando falou de Francisco, acrescentou: “Sim, mas terá de rezar muitos Terços”. Ao saber daquilo por meio de Lúcia, Francisco, entusiasmado e cheio de amor e candura, com a simplicidade de um coração de criança, exultou de alegria, dizendo: “Eu rezarei quantos Terços forem necessários, minha Mãe”. Eis a correspondência de uma alma que faz a experiência do amor de Deus! Nós precisamos olhar para Nossa Senhora — e essa é a grande mensagem de Fátima —, ver que o coração de Nossa Senhora vem dar-nos uma experiência do amor de Deus. Depois de abrir os braços na segunda aparição, fazendo o reflexo da luz cair sobre Francisco e Jacinta em direção ao céu e sobre Lucia, na direção da terra, Nossa Senhora mostrou seu Coração Imaculado aos três pastorinhos, um Coração cercado de espinhos. Raramente paramos para pensar no que significa o Coração de Maria. Ver o Coração de Maria é ver o próprio amor de Deus porque é reflexo dele. Essa visão deu aos pastorinhos tal ânimo para fazer orações e sacrifícios, que foi ela que os sustentou quando, na terceira aparição, viram o inferno. Lúcia disse: “Se Nossa Senhora não tivesse aberto os braços e colocado a luz sobre nós, a gente não teria aguentado”. A santidade de Francisco e de Jacinta não brotou do nada, mas de uma profunda experiência do amor de Deus no Coração de Nossa Senhora, no Imaculado Coração de Maria. E nós? Que devemos fazer na prática para vivê-lo? Nessa mesma aparição, Nossa Senhora diz a Lúcia qual é o segredo. Maria disse que a menina permaneceria na terra, ao que ela respondeu “E fico cá sozinha?” A Virgem disse: “Não, filha, não ficarás sozinha”, e deu a razão: “Tu sofres muito. Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus”! Nossa Senhora diz aqui três coisas importantíssimas que precisamos pôr em prática, se quisermos entender a mensagem de Fátima. A primeira: ter fé inabalável em que nós nunca estamos sozinhos. Não interessa o que esteja acontecendo na sua vida, por grandes que sejam as tragédias, Nossa Senhora garante: “Eu nunca te deixarei”. Ele é o reflexo da fidelidade de Deus. Jesus Cristo mesmo disse aos discípulos: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”, até a consumação dos séculos. No entanto, haverá momentos difíceis. Ora, quem está no meio de um tiroteio o que faz? Refugia-se em algum lugar, em algum abrigo, numa caverna, numa trincheira, em qualquer lugar abrigado dos ataques. Nossa Senhora diz onde está o abrigo: “É o meu Imaculado Coração”. Na prática, isso quer dizer o quê? Que, quando o mundo nos fere, nós mesmos nos ferimos, ou o diabo e os pecados nos ferem, temos de voltar-nos para o amor de Deus refletido no Coração de Maria. Isso será para nós refúgio dos ataques, é isso que nos dará força. Se o lobo for mais forte do que nós, ovelhinhas indefesas, então devemos refugiar-nos no Coração de Maria, nas chagas de Cristo, como rezamos: “Dentro de vossas chagas escondei-nos”. Devemos refugiar-nos na certeza do amor de Deus por nós. O Coração de Maria, as chagas de Cristo, tudo isso são expressões do amor de Deus. Esse é o caminho que nos conduzirá até Deus, esse é o caminho da santificação. Tenhamos essa certeza: Deus quer de nós um amor elevado e divino. É a mensagem da primeira aparição. Mas, antes disso, Ele quer-nos dar a certeza inabalável de seu próprio amor por nós. Ele estará conosco. “Eu nunca te deixarei”, diz Nossa Senhora. O seu Coração é nosso refúgio e o caminho que nos conduzirá até Deus.

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