Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 13, 1-9)
Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam. Jesus lhes respondeu: “Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal coisa? Eu vos digo que não. Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. E aqueles dezoito que morreram, quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”. E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou. Então disse ao vinhateiro: ‘Já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra?’ Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás’”.
Celebramos hoje, com grande alegria, a memória de Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, o popular Frei Galvão, que era brasileiro e extremamente devoto da Imaculada Conceição.
Os santos marianos são abundantes na Igreja, porque sabemos que, sem a ajuda de Nossa Senhora, não é possível chegar à santidade. É por isso que Santo Antônio de Sant’Ana Galvão é um exemplo extraordinário de entrega e consagração à Bem-aventurada Virgem Maria; tanto que, em sua consagração a ela, ele a fez assinando com sangue tirado do próprio peito, mostrando um ato extraordinário de amor à Virgem Maria.
E qual é a importância de se consagrar à Virgem Maria? Por que Frei Galvão, como bom franciscano que era, insistiu tanto no amor a ela? Porque Nossa Senhora não é apenas uma mulher santa e uma grande intercessora, mas possui um papel fundamental na história da salvação. O próprio Jesus entrou no mundo por meio de Maria, e por isso nós, católicos, cremos que o Salvador também entra em nossas vidas pela porta que é a Virgem Santíssima.
Consagrar-se à Virgem Maria não é algo simples. Não adianta nada escrevermos uma consagração a ela e assinarmos com o nosso sangue, achando que é somente uma questão de ritos externos a serem realizados. Trata-se de uma realidade muito mais profunda e de um recurso salvífico importantíssimo, no qual prometemos que Nossa Senhora será aquela à qual iremos sempre recorrer em nossas necessidades espirituais para transformarmos o nosso coração egoísta em um verdadeiramente entregue a ela.
É necessário compreendermos isso porque, ouvindo a história da consagração do Frei Galvão, certamente não faltarão aqueles que, tomados por uma “modinha”, irão querer imitar o santo. Ora, o cristianismo não é a religião de alguma mágica ou ritual, mas a religião do amor! O ato de Frei Galvão foi apenas a expressão externa de algo essencial para a nossa vida interior: a necessidade de nos entregarmos à Nossa Senhora confiantemente. É ela, por exemplo, a razão da eficácia das famosas pílulas do Frei Galvão. Não é o pedaço de papel com uma oração escrita em honra à Virgem que irá nos curar, mas a devoção a ela que nos socorrerá nos momentos de maior necessidade.
Que Frei Galvão, portanto, interceda por nós e nos ensine a sermos verdadeiros devotos da Virgem Maria, de tal forma que possamos professar: “Nossa Senhora tem um papel salvífico em minha vida. Por isso, prometo recorrer a ela sempre que necessário, e a amá-la e respeitá-la de todo o meu coração”.




























O que achou desse conteúdo?