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Memória de Santa Rita de Cássia

A piedosa vida de Santa Rita de Cássia é um exemplo de como Deus nos chama a ser santos onde quer que nos encontremos e nunca nos priva da graça de, configurados ao seu Filho crucificado, cumprirmos com amor e obediência a sua vontade.

Texto do episódio
13

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo
15, 26 — 16, 4a)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.

E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. Eu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora".

A Igreja celebra hoje a memória de Santa Rita de Cássia, popularmente conhecida como a "santa dos impossíveis". Nascida na cidade de Roccaporena, situada na comuna italiana de Cássia, no fim do século XIV, Margherita Lotti casou-se, como era então o costume da época, aos doze anos de idade; seu marido, homem de temperamento irascível e violento, a fez sofrer muito, mas ela, com ânimo tão constante quanto caridoso, conseguiu depois de muito orar trazê-lo à docilidade de Cristo. Sem embargo de sua conversão, foi assassinado pouco tempo depois, devido a antigas desavenças políticas; a santa viúva encontrou-se, assim, responsável por criar e educar sozinha os dois filhos, cujo caráter, não menos virulento que o do pai, foi-se inflamando com a idade e alimentando o desejo de vingar-lhe a morte injusta. Com espírito de fé e verdadeiro amor materno, Santa Rita pediu a Deus que antes a privasse de seus filhos, desde que convertidos e apaziguados em sua ira, do que permitir que cometessem o pecado da vingança e se condenassem ao inferno. Sua oração foi ouvida e seus dois filhos morreram em paz com o Senhor. Livre, enfim, das obrigações de mãe e esposa, Santa Rita conseguiu, com a ajuda milagrosa dos Céus, tornar-se monja agostiniana no Mosteiro de Santa Maria Madalena, onde passou os últimos anos de vida em oração e profunda união com o Crucificado, uma de cujas chagas levou gravada na testa, em forma de espinho, até partir de volta para o Pai em maio de 1457.

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