Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 22, 34-40)
Naquele tempo, os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo, 35e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”
Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!’ Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”.
A Igreja celebra hoje a memória do Papa S. Pio X, que no início do séc. XX combateu o conjunto de heresias que ficaram conhecidas como modernismo, uma leitura naturalizante e agnóstica da história sagrada e dos dogmas católicos, despidos de sua origem e índole sobrenaturais e reduzidos, ao fim e ao cabo, à condição “de certa interpretação de fatos religiosos que a mente humana elaborou para si com laborioso esforço” (Decreto “Lamentabili”, de 3 jul. 1907, n. 22). O modernismo, em outras palavras, pretende diluir o sagrado no profano, a graça na natureza, a fé na simples razão, apregoando um cristianismo de caráter não dogmático, ou seja, “um protestantismo amplo e liberal” (Id., n. 65). Um dos frutos mais perniciosos desta heresia, no plano prático, é a mundanização do católico, que se sente quase obrigado a “entrar em diálogo” com filosofias heterodoxas, a fim de se pôr em dia com a mentalidade atual. Dessa forma, a Igreja que os modernistas desejam já não é nem docente, pois o seu papel não seria mais ensinar e evangelizar o mundo, mas aprender dele, nem missionária, porque é a cultura e os modismos de cada tempo que deveriam fecundar e iluminar a Igreja, não o contrário. Não há dúvida alguma de que isso nada tem de autêntico catolicismo, senão que é uma contrafação sua e um meio eficacíssimo, não de converter os povos trazendo-os para a luz de Cristo, mas de destruir a Igreja pulverizando-a como uma “religião” mais entre inúmeras outras. Contra tão perigoso erro, que permanece vivo como nunca, peçamos a intercessão de S. Pio X e aprendamos dele que, como católicos, é nossa missão preservar íntegra e incorrupta a santa fé católica e transmiti-la, sem acréscimos nem adulterações, a quantos ainda jazem na sombra do erro e da morte. — S. Pio X, rogai por nós!
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