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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos 
(Mc 10, 13-16)

Naquele tempo, traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam. Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: “Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele”. Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.

No Evangelho de hoje, Jesus nos diz uma frase muito importante: “Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele”.

Aqui, é importante percebermos que podemos olhar para uma criança sob uma perspectiva negativa e outra positiva. A negativa é o egoísmo de ela se achar o centro do mundo. Já a positiva é a confiança e a espontaneidade com que ela se entrega completamente a Deus. 

A cena que precede a seguinte frase: “Quem não receber o Reino dos Céus como uma criança não entrará nele” é a chave de leitura para entendermos o Evangelho de hoje. Jesus está rodeado de crianças, recebendo-as e dizendo: “Deixai vir a mim as criancinhas”. Existe algo no coração dos pequenos que faz com que eles se entreguem confiantes a Cristo.

Nós, pelo pecado de Adão e Eva, fomos marcados por um medo de Deus. Após a Queda, os primeiros pais perderam a candura e a simplicidade de coração, que são próprias da criança. A partir disso, nosso relacionamento com Deus ficou conturbado, e logo começamos a tratá-lo como inimigo. Todas as vezes que Deus abre os braços e quer nos receber, nós, desconfiados e cheios de dúvidas, damos um passo para trás. 

Por isso, nosso mundo passional, conturbado pelas desordens que estão dentro de nós, precisa ser trabalhado. No caminho da santidade, precisamos passar pelo processo que Santa Teresa chama de Terceira Morada, quando nossas paixões desordenadas sofrem uma purificação divina para, finalmente, termos o coração de uma criança, que se entrega confiante.

Por exemplo, quando Santo Tomás de Aquino estava no leito de morte, o frade que ouviu sua confissão, ao sair da cela,  disse com lágrimas nos olhos: “Os pecados de uma criança”. Se não recebermos o Reino dos Céus como crianças, não entraremos nele.

Portanto, de coração aberto, joguemo-nos nos braços de Jesus e peçamos a Ele a graça de termos o coração confiante de uma criança, livre das paixões desordenadas.

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