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Memória de São Roque González e companheiros mártires

Sem caridade, é impossível dar testemunho de Cristo e atrair quem quer que seja para a verdade da fé. É preciso amar e servir, pois foi amando-nos e servindo-nos que o Senhor nos arrancou do pecado e nos conquistou para si.

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 18, 35-43)

Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. Disseram-lhe que Jesus Nazareno estava passando por ali. Então o cego gritou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: “Que queres que eu faça por ti?” O cego respondeu: “Senhor, eu quero enxergar de novo”. Jesus disse: “Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou”. No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus.

A Igreja celebra hoje a memória de S. Roque González de Santa Cruz, paraguaio nascido em Assunção no ano de 1576, e seus companheiros mártires, os padres Alfonso Rodríguez e Juan del Castillo, todos eles jesuítas dedicados à evangelização dos aldeamentos indígenas organizados pela Companhia de Jesus na América. O padre Roque González atuou especialmente nas reduções localizadas ao sul do Brasil, no território que corresponde hoje ao estado de Rio Grande de Sul. Foi lá, na atual diocese de Santo Ângelo, que S. Roque foi martirizado pelos índios a quem tanto amou. De fato, como recordava o Papa S. João Paulo II por ocasião de sua canonização em 1988, toda a vida do padre Roque esteve marcada plenamente pela caridade, pelo amor a Deus acima de tudo e, por causa dele, a todos os homens, “especialmente aos mais necessitados, àqueles que não sabiam da existência de Cristo nem tinham sido libertados ainda por sua graça redentora” das trevas do pecado e das falsas religiões. S. Roque não poupou esforços para arrancar ao poder do erro e da ignorância aqueles povos pelo quais o Senhor derramou a tanto custo o seu Preciosíssimo Sangue, a fim de os reunir numa só família de justiça e verdade. Apesar de S. Roque ter conquistado com doçura e firmeza evangélicas a confiança de muitos caciques da região, um dos líderes locais rebelou-se e conseguiu armar-lhe uma emboscada. O padre Roque, como herói da fé, acabou sendo morto e queimado por um grupo de indígenas, que, ao lhes traspassarem com uma flecha o coração já exânime, ouviram milagrosamente a voz do mártir que dizia: “Matastes a quem tanto vos amou. O meu corpo está morto, mas minha alma está no céu”. Essa frase contém, numa síntese maravilhosa, o princípio que deve guiar todo o nosso apostolado: temos de lucrar almas para Cristo, não à força das armas nem recorrendo apenas a argumentos e discurso, mas antes de tudo com amor e docilidade, com espírito de serviço e testemunho de vida, com aquele empenho em viver a nossa fé que, com a graça de Deus, nos pode “levar a superar todos os limites humanos, inclusive os da morte”. Que S. Roque e os que com ele morreram por causa do nome cristão intercedam por nós do céu, onde gozam para sempre de felicidade eterna, e nos alcancem os auxílios necessários para transmitirmos a todos os homens uma fé testemunhada com amor e, se assim aprouver a Deus, fecundada com o nosso próprio sangue.

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