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Não há castidade sem pureza de coração

Para viver a castidade, não há caminho mais seguro nem mais eficaz do que viver a santa pureza: não se trata apenas de evitar as ações mais grosseiras; trata-se, antes, de viver com um coração como o de Jesus, de Maria e de São José.

Texto do episódio
752

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 5,27-32)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno. Se tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno. Foi dito também: ‘Quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio’. Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério”.

A Lei antiga: “Não cometerás adultério” (Ex 20, 14; cf. Dt 5, 18) proibia os atos externos de infidelidade conjugal. Já o prescrito em Ex 20,17: “Não cobiçarás a mulher do teu próxi­mo”, parece proibir também os internos.

Por isso, as palavras de Cristo no Evangelho de hoje se dirigem contra a falsa interpretação dos fariseus, que haviam reduzido esse pecado aos atos exteriores: “Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5, 28).

A palavra ‘μοιχεύειν’ (moicheuein), como se vê pela tradução litúrgica, significa “cometer adultério”; mas Cristo, como sempre o entendeu a Tradição da Igreja, compreende sob uma só espécie todo o gênero dos pecados sexuais, proibidos pela lei natural no 6.º e no 9.º Mandamentos do Decálogo.

Nesse sentido, os pecados contra a pureza estão proibidos, sob falta grave, em todos os três modos em que se podem cometer: 1. por pensamentos, pecaminosos quando há consentimento voluntário, 2. por desejos e 3. por ações propriamente ditas, que podem ser a) olhares desonestos, b) conversas licenciosas e c) atos de impureza, quer a sós (masturbação) quer com outras pessoas (adultério, fornicação etc.).

Contra o perigo de cair nessas ações tão vergonhosas, que degradam o coração, endurecem a alma e matam o corpo, o melhor remédio é o proposto por Jesus: evitá-las antes mesmo de terem a chance de nos tentar.

Não se trata de uma repressão violenta que leve à neurose, mas de uma sadia vigilância, de uma guarda delicada da vida interior; numa palavra, da heróica “covardia” que, fugindo sem demora ao despontar da primeira ocasião, é a base de um caráter forte, pronto para a amar e disposto aos sacrifícios que tornam a vida uma oblação pura e grata a Deus.

Aos que quiserem mais informações sobre como viver a santa pureza, recomendamos a nossa direção espiritual sobre o celibato.

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