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O santo que joga por terra as falácias protestantes

Além de mostrar, com seus escritos, que a Igreja sempre foi católica e possuía uma hierarquia clara e estruturada, Santo Inácio de Antioquia também mostrou, com sua vida, que o grão de trigo precisa morrer e ser triturado para dar frutos de vida eterna.

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 12, 1-7)

Naquele tempo, milhares de pessoas se reuniram, a ponto de uns pisarem os outros. Jesus começou a falar, primeiro a seus discípulos: “Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Não há nada de escondido, que não venha a ser revelado, e não há nada de oculto que não venha a ser conhecido. Portanto, tudo o que tiverdes dito na escuridão, será ouvido à luz do dia; e o que tiverdes pronunciado ao pé do ouvido, no quarto, será proclamado sobre os telhados. Pois bem, meus amigos, eu vos digo: não tenhais medo daqueles que matam o corpo, não podendo fazer mais do que isto. Vou mostrar-vos a quem deveis temer: temei aquele que, depois de tirar a vida, tem o poder de lançar-vos no inferno. Sim, eu vos digo, a este temei. Não se vendem cinco pardais por uma pequena quantia? No entanto, nenhum deles é esquecido por Deus. Até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais”.

Celebramos hoje, com grande alegria, a memória de Santo Inácio, bispo de Antioquia, cidade onde os cristãos foram chamados de cristãos pela primeira vez. 

Após anos exercendo seu ministério, Santo Inácio acabou sendo aprisionado por causa de sua fé e amor a Deus e, sob ordem do imperador Trajano, foi levado para ser executado, provavelmente nos circos romanos, em que os cristãos eram entregues às feras. Antes, porém, de ser executado, ele escreveu sete cartas extraordinárias — cuja leitura é imprescindível para todos os cristãos, por apresentarem aquilo que é o centro da fé cristã e afirmar que a Igreja sempre foi Católica, como infelizmente discordam alguns protestantes — para os quais ela começou com Constantino. 

Estamos, portanto, diante de um bispo que conheceu os Apóstolos, sendo um sucessor direto deles. Em seus escritos, ele descreveu a organização da Igreja com bispos, presbíteros e diáconos e declarou que a Igreja de Roma é aquela que “preside na caridade”. Ou seja, já na época sub-apostólica, vemos Roma como sendo o lugar do Apóstolo Pedro; portanto, o lugar que preside a Igreja na caridade. 

Em sua Carta aos Romanos, Inácio pediu aos cristãos de Roma que fossem bondosos para com ele, deixando-no morrer por amor a Deus. Eis uma lição de Santo Inácio que nos ensina onde está o verdadeiro amor. Quando amamos uma pessoa, desejamos que ela esteja sempre conosco e não sofra, mas se temos verdadeira caridade, iremos querer, acima de tudo, que ela esteja unida a Cristo, pois esse é o bem mais precioso que ela poderá ter.

Ora, na vida, muitas vezes precisamos escolher entre um bem ou outro; no entanto, nessa escolha, deve haver uma hierarquia de bens. Ou descansamos, ou trabalhamos; ou rezamos, ou estamos com um amigo; e assim vão fluindo as escolhas da vida, mas existe uma escolha que é inegociável e precisa brilhar acima das demais: a nossa salvação eterna. 

Por isso, desejemos sempre que uma pessoa seja salva. Santo Inácio nos ensina isso de forma luminosa ao dizer aos romanos: “Eu vos escrevo a todos, desejando morrer por Deus, se é que vós não mo impedirdes. Rogo-vos que não mostreis para comigo um amor inoportuno. Deixai-me ser pasto das feras, por meio das quais me é possível alcançar a Deus. Sou o trigo de Deus, e serei moído pelos dentes das feras, para tornar-me pão puro de Cristo”.

Também o amor que temos pelas pessoas que queremos bem é aquele que “busca primeiro o reino de Deus, e tudo o mais vai ser acrescentado”? Ou será que nós, preferindo um bem-estar terreno, colocamos em risco a salvação das almas? Que Santo Inácio de Antioquia, esse santo e sábio homem, leve-nos ao caminho que ele mesmo percorreu, e não canse de interceder por nós.

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