Apresentamos abaixo, em breve resumo, algumas da principais respostas do Pe. Paulo Ricardo a perguntas de nossos alunos nesta aula de encerramento do curso sobre G. K. Chesterton.
1) A proposta de Chesterton de ler a boa-nova do Evangelho como algo “novo” é compatível com a norma de Igreja de ler as Escrituras dentro da Tradição?
Chesterton não propõe uma hermenêutica da ruptura, que faça o Evangelho desdizer o que sobre ele disseram os órgãos e testemunhos da Tradição, como os SS. Padres e o próprio Magistério eclesiástico. Chesterton se refere, pelo contrário, a um esforço de reatualizar, diante do Texto sagrado, a mesma experiência de espanto e admiração que está na origem da filosofia e é o traço característico do conhecimento das crianças, para as quais são uma constante novidade as menores coisas da vida (um sabor, um amigo, um lugar etc.). Trata-se de aplicar ao Evangelho, ao cristianismo e seus mistérios — vistos e vividos, muita vez, como uma obviedade “fora de moda” —, uma maneira de olhar que busca o novo no já conhecido, o maravilhamento no já experimentado, a beleza do que sempre ou quase sempre esteve debaixo dos nossos olhos. Essa “pedagogia” do...