Além de suas obras apologéticas e literárias, das quais falaremos mais tarde, Chesterton escreveu também algumas biografias. Dos cerca de dez livros que ele escreveu na matéria, apenas dois são propriamente hagiografias, isto é, vidas de santos. O mais conhecido deles, ao menos em alguns países, está dedicado a S. Tomás de Aquino. No entanto, quiséramos falar sobretudo daquele que foi o santo mais importante para o escritor, além de uma presença contínua em sua vida sob diversos aspectos. Trata-se de S. Francisco de Assis.
A biografia do poverello, Chesterton a redigiu já convertido ao catolicismo. A devoção ao santo de Assis, não obstante, foi em certa medida uma constante desde a sua infância. De fato, temos de Chesterton uns versos muito bonitos, escritos ainda na juventude, sobre S. Francisco, sem contar uma breve conferência a respeito dele publicada pouco antes de vir à luz esta biografia. O sinal, porém, talvez mais claro e chamativo dessa presença providencial do santo na vida do escritor seja a sua própria esposa. Como vimos na primeira aula, foi justamente Frances — “Francisca” em inglês — quem o aproximou do cristianismo e lhe serviu até o fim como ajudante...