Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 21,5-11)
Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: “Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?”
Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”.
E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu”.
Celebramos hoje a memória de Santa Cecília, uma das mais veneradas mártires da Igreja de Roma, cujo nome chegou a ser incluído no Cânon romano ao lado de personagens importantes da história da salvação como, por exemplo, São João Batista, o protomártir Santo. Estêvão e os santos Apóstolos Matias e Barnabé.
Convertida à fé no início do século III, provavelmente durante o pontificado de Urbano I (222-230), e filha de pais nobres, Cecília fez ainda jovem um voto de castidade, consagrando-se inteiramente a Deus.
Apesar de ter sido entregue em casamento, como então era costume, seu marido, Valeriano, ficou admirado ante o exemplo de virtude e pureza da jovem esposa, que, preservando-se intacta, conseguiu levá-lo à fé em Cristo.
Uma vez batizado, também Valeriano consagrou a Deus a própria virgindade e, com oração perseverante, alcançou do Pai de misericórdias, que ilumina os corações mais obstinados, a conversão de seu cunhado Tibúrcio.
Graças às violentas perseguições que o Império movia contra os cristãos, Cecília, Valeriano e Tibúrcio caíram nas mãos das autoridades romanas: estes foram degolados, enquanto Cecília, condenada à morte por asfixia, sobreviveu milagrosamente. Por isso, os algozes decidiram cortar-lhe a cabeça.
Atingida três vezes no pescoço, Cecília, por graça de Deus, continuou viva por ainda três dias, salmodiando hinos e cânticos de louvor, até que expirou docemente, unida àquele a quem consagrara seu corpo e sua alma.
Que Deus nos conceda, pois, imitar o exemplo de vida e fidelidade de Santa Cecília, que mereceu ser apresentada ao Rei dos reis, com grande júbilo e alegria, no cortejo das virgens e em meio ao glorioso exército dos mártires.
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