Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 8, 1-3)
Naquele tempo, Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.
À medida em que os Evangelhos nos narram a vida pública de Nosso Senhor, duas coisas podem notar-se: de um lado, a progressiva "falência" dos Apóstolos, que abandonam Jesus no mais crítico dos momentos — um O trai, outro O nega, os demais, à exceção do jovem João, deixam-nO a sós sobre o Calvário; de outro lado, a presença cada vez mais evidente do elemento feminino: referimo-nos àquelas santas mulheres que, com o passar do tempo, despontam aqui e ali ao longo da narrativa evangélica com uma frequência sempre crescente, dando assim prova de fé e fidelidade a Cristo. Nesta especial sensibilidade feminina à pessoa e à mensagem de Jesus de que nos dá testemunho a Liturgia de hoje é possível enxergar a vocação contemplativa dentro da Igreja e, por isso mesmo, o elemento fundamental de toda a sua atividade missionária e evangelizadora. É, com efeito, da oração e do sacrifício diário que inúmeras religiosas fazem de si que a Igreja se alimenta para, exercendo o seu múnus apostólico, levar a Boa-Nova a quem não tem ainda a alegria de dizer-se cristão. Por isso, sintamo-nos chamados nesta sexta-feira não só a rezar pelas vocações religiosas, mas para, arregaçando as mangas, "adotarmos" um sacerdote por quem rezar concretamente, a fim de que, auxiliado por nossas humildes orações, ele possa ser fiel seguidor de Cristo e corajoso pregador do Evangelho.
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