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Bem-aventurados os santos!

Só Cristo é verdadeiro sal da terra e luz do mundo; nós, deixando o Filho ser gerado em nós pela força do Espírito, somos apenas testemunhas do que Deus é capaz de fazer servindo-se de um instrumento tão débil como o homem.

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 5, 13-16)

“Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal perde seu sabor, com que se salgará? Não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e pisado pelas pessoas. Vós sois a luz do mundo. Uma cidade construída sobre a montanha não fica escondida. Não se acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma caixa, mas sim no candelabro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim também brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”.

As palavras que Jesus dirige hoje a seus Apóstolos encontram-se situadas no discurso das bem-aventuranças, pertencente ao conhecido sermão da montanha, que ocupa três capítulos inteiros do Evangelho segundo S. Mateus. Trata-se do primeiro sermão público de Jesus, no qual Ele apresenta sem meias palavras o seu projeto de vida para os que quiserem segui-lo: aqui, propõe-nos não só os meios de sermos salvos, mas também de nos tornarmos santos. De fato, a lista das bem-aventuranças, que são como que o pórtico de toda a pregação evangélica, nos apresenta uma “radiografia” do que deve ser um coração configurado ao de Cristo. Pobreza de espírito, mansidão, sede e fome de justiça, misericórdia, pureza de coração, paz, seguimento irrestrito a Nosso Senhor até a morte, eis as virtudes que precisam ser vividas, e não só admiradas, por quem deseja ser realmente cristão, ou seja, viver a vida do próprio Cristo, participando do mistério de sua Morte e Ressurreição. Em cada bem-aventurança, com efeito, está presente uma tensão entre uma morte  — na forma de um auto-aniquilamento, de uma negação de si e dos próprios critérios — e a vida que daí surge, divina e gloriosa, sal para levar o sabor do amor divino aos homens e luz para iluminar os que andam nas trevas do erro, do pecado e da ignorância. Que o Senhor se digne enviar-nos hoje o seu Espírito, a fim de podermos viver nosso chamado à santidade e amar, pelo poder da graça, com aquele amor que só Ele nos pode outorgar.

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