Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 1, 7-11)
Naquele tempo, João pregava, dizendo: “Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo”. Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia, e foi batizado por João no rio Jordão. E logo, ao sair da água, viu o céu se abrindo, e o Espírito, como pomba, descer sobre ele. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu bem-querer”.
Ao ser batizado no Jordão, Cristo vê os céus abertos e ouve a voz de Deus: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu bem-querer”. O Pai testemunha a alegria que lhe dão o amor e a obediência de Filho encarnado, no qual repousa toda a sua complacência, pois só em Jesus o coração humano amou-o com todo o amor de que Deus é digno.
Sinal disso é a presença, em forma de pomba, do Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho por uma comum espiração de amor infinitamente santa. No Batismo de Cristo, contemplamos a Deus Pai fruir, no Coração de Cristo, da mesma felicidade que lhe “proporciona”, por assim dizer, a geração eterna do Filho.
Assim também com o nosso Batismo, em virtude do qual nos revestimos de Cristo e, assimilados ao seu Corpo, que é a Igreja, apresentamo-nos a Deus como filhos, título que Ele mesmo nos quis conceder.
Assim, quando o Pai vê um de seus filhos, batizados e em estado de graça, é a Cristo quem enxerga, e o seu coração, transbordante de alegria, pode então dizer a cada um de nós: “Tu és o meu Filho amado”, porque é Ele quem age em nós, ama em nós, se sacrifica em nós. É a Ele, numa palavra, que o Pai deseja reconhecer em nós, pois é impossível, fora de Jesus, agradar verdadeiramente a Deus, cujo único amor, cuja única grande e santa “obsessão” é o Filho Unigênito, de quem temos hoje a graça de ser membros.
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