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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 14, 12-14)

Naquele tempo, dizia Jesus ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: “Quando deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos nem teus irmãos nem teus parentes nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.

No Evangelho de hoje, Jesus nos diz para convidarmos as pessoas gratuitamente, sem esperar a recompensa neste mundo, pois ela virá no Céu. 

E o que nós podemos tirar deste precioso ensinamento de Jesus? Primeiro, é importante percebermos que o fato de Jesus estar em um banquete nos remete ao banquete final, do fim dos tempos. Em todas as Missas, nós ouvimos: “Felizes os convidados para a ceia do Senhor”, ou seja, felizes os convidados para o banquete nupcial do Cordeiro, como está descrito no Apocalipse (cf. Ap 19, 9). Nós todos, então, poderemos fazer parte dessa grande festa, mas antes precisamos realizar algo já nesta vida: sermos imitadores de Cristo, conforme Ele nos pediu. 

Ora, no Evangelho de hoje, percebemos claramente que Jesus está se descrevendo: Ele é Aquele que convida os pobres, os aleijados, os coxos e as pessoas com as mais diversas dificuldades para participar do banquete do Céu. Sim, nós somos os miseráveis que, convidados desinteressadamente por Deus, podem fazer parte de uma alegria imensa que nunca acaba. Por isso, devemos seguir o caminho da imitação de Cristo, a imitatio Christi

Nós, cristãos, sabemos que Jesus é o modelo de homem como Deus o pensou, diferente de Adão, que foi feito a imagem e semelhança do Senhor, mas se destruiu com o pecado. Agora, precisamos ter as mesmas atitudes e sentimentos de Cristo, como diz São Paulo na Carta aos Filipenses: “Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus” (Fl 2, 5). 

Nessa Carta, a palavra “sentimento”, no original grego — phronesis —, possui um significado mais profundo ainda: é uma mentalidade, é um jeito de ser que envolve a inteligência, a vontade e os sentimentos. Em suma, precisamos agir conforme o Coração de Cristo.

Por isso, Ele pede que tenhamos um amor desinteressado, que não espera retribuição aqui nesta vida: este é o amor que Deus tem por nós e que o próprio Cristo manifestou na Cruz. Ele, por infinita bondade, veio ao nosso encontro, apesar de nossa miséria, e convidou-nos para sentar com Ele à mesa celestial. E se Jesus agiu assim, quem somos nós para não termos esse amor desinteressado que se abaixa até o outro? 

Portanto, ter o mesmo amor de Cristo significa nos abrirmos para a misericórdia definitiva, que nos fará um dia participarmos do banquete nupcial do Cordeiro e, com grande alegria, escutarmos as palavras do Senhor no último dia: “Felizes os convidados para a ceia do Senhor”.

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