Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 6, 1-6)
Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.
Celebramos hoje a memória de Santa Águeda, que viveu no séc. III, durante as perseguições do imperador Décio, e foi morta por volta de 250, com apenas 15 anos de idade, por sua fidelidade a Jesus Cristo. Tendo consagrado a Deus a sua virgindade, Santa Águeda preferiu sofrer o martírio a trair sua entrega total, em corpo e alma, a Nosso Senhor. Antes, porém, de ser martirizada, ela foi colocada no ecúleo, que consistia em uma mesa de tortura em que as pessoas eram amarradas e puxadas pelas duas extremidades; puseram sobre ela placas de ferro incandescentes e, por fim, cortaram-lhe o seio. Ainda assim, ela não morreu, e acabou sendo jogada na prisão, onde, durante a noite, milagrosamente lhe apareceu São Pedro, que a curou. Então, ela se apresentou curada diante dos seus juízes, que mesmo assim não acreditaram. Nessa atitude dos seus algozes, percebemos como o demônio faz com que algumas pessoas fiquem com o coração dominado pela incredulidade, mantendo-se cegos mesmo diante das mais clamorosas manifestações sobrenaturais. Então, para matá-la de forma cruel, jogaram-na em cacos de telha com carvões incandescentes, com o que ela recebeu a palma do martírio. Se Águeda, uma frágil menina de 15 anos, foi capaz, com Cristo e por Cristo, de testemunhar até o fim o valor da santa pureza e a verdade do Evangelho, tenhamos a confiança de que não nos há-de faltar a graça necessária para continuarmos na nossa luta, sem nos deixarmos abater pelo desânimo e as circunstâncias do tempo presente. A Deus, que concedera a Santa Águeda o heroísmo dos mártires, peçamos que nos dê dizer juntamente com ela: “Não sou eu quem vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20).
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