CNP
Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
Todos os direitos reservados a padrepauloricardo.org®

Memória de Santo Estêvão

A seriedade que significa o nascimento do Salvador na noite de Natal aparece com toda clareza no martírio de Santo Estêvão, que mereceu ser o primeiro a testemunhar aquele que, de agora em diante, tem total direito sobre as nossas vidas.

Texto do episódio

Texto do episódio

imprimir

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 10, 17-22)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: “Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. Vós sereis levados diante de governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.

No dia seguinte à celebração do Santo Natal, a Igreja nos faz recordar de S. Estêvão, primeiro mártir cristão. Escolhido para ser diácono a serviço dos pobres e das viúvas, Estêvão assinou com o próprio sangue o testemunho de sua fidelidade àquele que, sendo autor da vida, se entregou à morte pela nossa salvação. A festa do protomártir se insere, pois, no contexto da Oitava do Natal precisamente com o fim de recordar-nos que, uma vez que o Senhor veio e se nos revelou como amor misericordioso, já não nos pertencemos mais; somos, pelo contrário, filhos adotivos do Pai, membros místicos do Filho encarnado, um só coração no Espírito Santo: somos, numa palavra, de Jesus Cristo, em quem temos uma nova vida. O mártir, desse ponto de vista, não é só aquele inocente que se deixa ferir e matar para não renunciar à fé; é, de forma ainda mais profunda, aquele que prefere dar a própria vida corporal para não perder esse amor, que é Cristo, nosso Salvador. O martírio, por conseguinte, é no fundo um mistério de amor, a última prova e mais radical de uma caridade perfeita, arrebatadora. Ora, o amor, como celebrado ontem, fez-se carne e quer fazer-se experiência vivida em cada um de nós. Sim, nasceu-nos ontem o amor, e agora é preciso que, nele crendo, cresçamos de fé em fé, de esperança em esperança, de amor em amor; é preciso que, com a força do Espírito Santo derramado em nossas almas, estejamos dispostos a deixar tudo — todos os falsos “amores” deste mundo, por mais duro que isto seja —, a fim de lucrarmos a Cristo e sermos todos para Ele, assim como Ele, reduzindo-se a nada, fez-se tudo para nós. Peçamos hoje à Virgem SS., cujo Coração amoroso se alegra nestes dias com o nascimento de seu Filho querido, nos alcance a graça de, a exemplo dos mártires, conseguirmos amar de volta o nosso único e grande amor. Que possamos também, pela intercessão de S. Estêvão, ter uma morte, se não pelo martírio de sangue, ao menos cristiforme em espírito, como é a morte de todos mártires: “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito” (At 7, 59).

Material para Download
Texto do episódio
Material para download
Comentários dos alunos
Comentários 0
Mais recentes
Mais antigos