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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 16, 13-23)

Naquele tempo, Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”.

Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu.

Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia.

Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” Jesus, porém, voltou-se para Pedro, e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”

Hoje, a Igreja celebra a memória de um de seus maiores luminares: S. Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Pregadores. Junto com S. Francisco de Assis, Domingos foi um dos principais representantes do espírito mendicante de que se viu tomada a cristandade do séc. XIII. De origem nobre, Domingos nasceu em Caleruega, na Espanha, em 1170, época ao mesmo tempo de crise e renovação para a Igreja Católica. Alma robusta, dedicada a uma vida de oração intensa, Domingos quis, ainda jovem e cheio de zelo apostólico, partir rumo aos povos bárbaros para os trazer ao rebanho de Cristo. No entanto, o Pontífice então reinante, Inocêncio III, lhe reservava outros projetos: Domingos foi encarregado de combater, pela pregação, a oração e a penitência, a heresia albigense, muito em voga no sul da França. Lá, o santo pregador, além de levar a verdade a numerosas almas, pôde organizar as primeiras comunidades dominicanas, onde se vivia a pobreza e a humildade evangélicas, aliadas a uma sólida formação teológica, destinada fundamentalmente à conversão dos povos e à edificação do povo cristão.

S. Domingos é, ainda hoje, um modelo a ser seguido. Todos os fiéis, com efeito, somos chamados por Deus a, mediante uma vida de assídua e perseverante oração, levar às pessoas com quem convivemos e trabalhamos os frutos da nossa intimidade com o Senhor. A Ele devemos ir, como foram outrora os Apóstolos, e com Ele permanecer, para só então, alimentados na fé dos mistérios contemplados, partirmos em missão para converter os de fora. Contemplata aliis tradere, “Transmitir aos outros as verdades contempladas”: eis o lema que animava S. Domingos e que ainda hoje continua a motivar os irmãos dominicanos, que, havendo tudo deixado por amor a Jesus Cristo, têm por vocação comunicar às demais almas tudo quanto recebem de sua amizade com o Senhor. Peçamos hoje a este santo pregador a graça de, persistindo na vida de oração e na vida sacramental, podermos levar as luzes do Evangelho a todas as pessoas que Deus pôs em nossas vidas.

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