Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 9, 7-9)
Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Herodes disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E procurava ver Jesus.
Proclamado por Leão XIII padroeiro das obras de caridade, a Igreja celebra hoje a memória de S. Vicente de Paulo, fundador da Congregação da Missão (ou seja, dos “lazaristas” ou “irmãos vicentinos”), muito conhecido por seu amor e dedicação aos pobres. Ao contrário da imagem popular que dele às vezes se propaga, S. Vicente não foi um simples “filantropo”, preocupado exclusivamente em suprir as necessidades materiais dos mais carentes, pois o centro de todos os seus cuidados não era outro que a salvação eterna das almas. Era a este fim que se ordenavam suas obras caritativas, pois ele bem sabia o pouco valor que têm as obras de misericórdia corporal se a intenção que as anima não é a misericórdia espiritual, ou seja, o propósito de tudo fazer — alimentar o faminto, vestir o nu, dar pousada ao peregrino etc. — com o fim de levar aos ignorantes a verdade da fé e a graça da conversão. De fato, “ainda eu que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria” (1Cor 13, 3). Devemos, pois, em tudo buscar a salvação do próximo, já que é este o maior desejo de Deus, que quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade. A todos Ele oferece a suficiência da sua graça, embora muitos, abusando da liberdade que o Senhor jamais violenta, resistam a esse chamado e, por culpa própria, acabem se precipitando no abismo da condenação. De nossa parte, imitemos a S. Vicente, dispondo-nos a fazer o bem não só físico, mas sobretudo espiritual aos necessitados, pois no coração de cada homem, inclusive do mais perverso, existe graça suficiente para que ele se converta. Que possamos ajudar os irmãos que têm resistido ao apelo da graça a darem o passo da fé e a acolherem o amor que Deus não cessa nunca de lhes oferecer.
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