CNP
Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
Todos os direitos reservados a padrepauloricardo.org®

Por que devemos reparar os pecados?

Na cruz, Jesus padeceu por todos os pecados, tanto pelos já cometidos como pelos futuros. Vendo e sofrendo as culpas da humanidade inteira, Ele também se consolava ao contemplar a reparação que hoje lhe queremos oferecer.

Texto do episódio

Texto do episódio

imprimir

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 12, 1-12)

Naquele tempo, Jesus começou a falar aos sumos sacerdotes, mestres da Lei e anciãos, usando parábolas: “Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagar e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou a vinha a alguns agricultores, e viajou para longe. Na época da colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua parte dos frutos da vinha.

Mas os agricultores pegaram no empregado, bateram nele, e o mandaram de volta sem nada. Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado. Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram. Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram. Trataram da mesma maneira muitos outros, batendo em uns e matando outros. Restava-lhe ainda alguém: seu filho querido. Por último, ele mandou o filho até aos agricultores, pensando: ‘Eles respeitarão meu filho’. Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: ‘Esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa. Então agarraram o filho, o mataram, e o jogaram fora da vinha. Que fará o dono da vinha? Ele virá, destruirá os agricultores, e entregará a vinha a outros. Por acaso, não lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores deixaram de lado, tornou-se a pedra mais importante; isso foi feito pelo Senhor e é admirável aos nossos olhos’?”

Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus, pois compreenderam que havia contado a parábola para eles. Porém, ficaram com medo da multidão e, por isso, deixaram Jesus e foram-se embora.

O Evangelho de hoje apresenta-nos a conhecida parábola dos vinhateiros assassinos. Ao contar essa história, Jesus deixa claro que suas palavras dirigem-se aos sumos sacerdotes, mestres da Lei e anciãos. No entanto, é também a nós, fiéis de todos os tempos e de todas as condições, que esta parábola do Mestre está endereçada. A razão disso é que também nós, por nossos pecados e infidelidades, matamos a Cristo. Foi por nossa causa que Ele, tomando sobre a si as culpas da humanidade inteira, deixou-se crucificar e entregou a própria vida. É claro que os autores da morte de Cristo foram, em primeiro lugar, aqueles que efetivamente o condenaram; mas, dado que a razão por que Ele se entregou voluntariamente são os pecados de todos os homens, também as nossas culpas e transgressões foram responsáveis pela crucificação do Filho de Deus. Ainda que não o compreendamos de todo, não é menos certo que os pecados que hoje cometemos, dois mil anos após a vinda de Jesus a este mundo, têm uma relação direta com a morte de Nosso Senhor: de fato, Ele, que tudo vê, pôde há dois milênios sofrer e satisfazer por todos os pecados cometidos e ainda por cometer, de sorte que as faltas em que agora incorremos eram vistas, sofridas e reparadas pelo nosso divino Redentor.

Mas, além desse efeito histórico dos nossos pecados sobre a crucificação de Jesus, eles possuem ainda uma dimensão mística, ou seja, atingem ao Cristo que está sendo formado em nós espiritualmente: com efeito, cada vez que pecamos, não só renovamos de algum modo a Paixão do Senhor, mas ainda o expomos a vitupério e escárnio (cf. Hb 6, 6), praticando o mal que Ele veio extirpar de nossas almas e impedindo-o de reinar plenamente em nossos corações. Ora, se os nossos pecados têm tal e tão terrível efeito sobre o Coração de Cristo, pela mesma razão lhe hão-de mitigar as dores os nossos atos de reparação e amor, previstas por Ele, como doces instantes de refrigério, em meio às terríveis dores de sua Paixão. Que possamos com maior frequência, seguindo a exortação do Papa Pio XI, reparar os pecados que levaram Nosso Senhor à morte, dizendo-lhe todos os dias: “Ó Jesus, meu amável salvador! Eu vos ofereço o meu coração, em ação de graças por todos os vossos benefícios, e vo-lo consagro em reparação de todas as minhas infidelidades passadas. E, com a ajuda da vossa graça, proponho nunca mais vos ofender”.

Material para Download
Texto do episódio
Material para download
Comentários dos alunos

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.